sábado, 26 de janeiro de 2008

Para quem está no Rio


Ainda dá tempo de aproveitar a "Mostra Carl Theodor Dreyer e Lars von Trier: os cineastas da vida interior", que acontece na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, e tem programação de eventos até o dia 01 de Fevereiro.

Cada um ao seu modo e à sua época, os dois cineastas se caracterizam por suas propostas inovadoras, que influenciam não somente a produção cinematográfica de seu país, mas também de todo o mundo.

Nascido no final do século XIX, Carl T. Dreyer (1889 – 1968) representa o primeiro cinema que se produziu na Dinamarca. Iniciando sua carreira ainda na fase do cinema mudo, o cineasta vivenciou com desenvoltura a profunda transformação deste para o chamado cinema falado, produzindo verdadeiras obras-primas em ambos os formatos. Com o seu alto rigor estético, Dreyer se firmou como um dos autores mais respeitados da
história da sétima arte.

Lars von Trier, por sua vez, é sem dúvida a figura mais proeminente do cinema dinamarquês na atualidade. O radicalismo formal e de conteúdo de sua obra, ainda em vigorosa construção, choca e arrebata.

Autor do movimento Dogma 95 – onde produziu o aclamado Os Idiotas – e de filmes premiados como Europa, Dançando no escuro e Dogville, von Trier é o tipo de cineasta que exige reação do espectador: ficar indiferente aos dramas que apresenta é simplesmente impossível.

Ao traçar um paralelo entre estes dois autores a mostra é, certamente, uma oportunidade para melhor compreender as obras de Dreyer e von Trier e refletir sobre as aproximações entre as mesmas.

Para tanto, serão realizados dois debates. O primeiro, que acontece no dia 29/01, chama-se Carl Th. Dreyer e Lars von Trier: diálogos possíveis e conta com a presença do crítico Ruy Gardnier, do professor Hernani Heffner e do diretor José Joffily.
No dia seguinte, 30/01, a mesa Cinema dinamarquês ontem e hoje será composta por José Carlos Avellar e pelo intelectual dinamarquês Henning Camre, professor (inclusive de von Trier) e reitor da Danish Film School por 17 anos e um dos idealizadores do Danish Film Institute, do qual foi diretor por nove anos.


Programação:

26/01 – Sábado
17hs - Dias de ira, de Carl Th. Dreyer – 97', vídeo, 1943
18hs – Dogville, de Lars von Trier – 178', película, 2003
19hs – A palavra, de Carl Th. Dreyer – 125', vídeo, 1955

27/01 – Domingo
17hs - Epidemia, de Lars von Trier – 106', vídeo, 1987
18hs - Manderlay, de Lars von Trier – 139', película, 2005
19hs – Five obstructions, de Lars von Trier – 90', video, 2003

29/01 – Terça feira
1745hs - A palavra, de Carl Th. Dreyer – 125', vídeo, 1955
18hs - O grande chefe, de Lars von Trier – 99', película, 2006
20hs - Debate Ruy Gardiner, Hernani Heffner - José Joffily (intermediador)
Tema: Carl T Dreyer e Lars Von Trier: Diálogos Possíveis

30/01 – Quarta feira
18hs – Os idiotas, de Lars von Trier – 117', película, 1998
18hs15 - Dias de ira, de Carl Th. Dreyer – 97', vídeo, 1943
20hs - Debate Henning Camre e José Carlos Avellar - Tema: O Cinema Dinamarquês Ontem e Hoje

31/01 – Quinta feira
17hs - Europa, de Lars von Trier – 112', vídeo, 1991
18hs – Dançando no escuro, de Lars von Trier – 140', película, 2000
19hs – Elemento do crime, de Lars von trier –- 104', vídeo, 1984

01/02 – Sexta feira
17hs - Dogville, de Lars von Trier – 178', película, 2003
18hs – Gertrud, de Carl T. Dreyer – 125', vídeo, 1964
20hs - O martírio de Joana D´Arc, de Carl T. Dreyer– 81', película
1928



Serviço:
"Mostra Carl Theodor Dreyer e Lars von Trier: os cineastas da vida interior"
Caixa Cultural RJ – Cinemas 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô Carioca)
Tel: 21 2544-4080 - Site: www.caixacultural.com.br
Até 01/02
Entrada franca, com distribuição de senhas no local, uma hora antes.
Classificação: 16 anos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Saga de Harry Potter pode ter oitavo filme


O sexto filme da franquia ainda está em fase de produção, mas os estúdios da Warner já estão começando a pensar no formato do sétimo e último capítulo da saga; já existe inclusive um estudo que pode dividir "Harry Potter e as Relíquias da Morte" em dois filmes.

Além disso, os produtores estariam sondando ninguém menos do que Steven Spielberg para assumir a direção dos dois filmes.

Por enquanto estamos no terreno pantanoso dos rumores, mas qualquer confirmação deste quadro não será nenhuma surpresa.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Estrelas boicotam o Globo de Ouro


Janeiro já começou, mas os problemas parecem continuar assolando Hollywood neste novo ano.

Primeiro, a greve de roteristas ainda se arrasta sem nenhum sinal de acordo, enquanto muitas produções esperam pelo desfecho, programas de TV e seriados experimentam a possibilidade de sair do ar de vez.

O movimento iniciado no início de novembro reinvindica principalmente os ganhos sobre os relançamentos dos trabalhos em outras mídias como DVDs e Internet.

Para piorar a situação, muitos dos principais atores americanos, em solidariedade a WGA (Writers Guild of America) divulgaram uma declaração anunciando que não estarão presentes na cerimômia de entrega dos Globos de Ouro, marcada para o dia 23 de Janeiro, o prêmio que é considerado uma "prévia" do que acontece no Oscar, é promovido pela HFPA (Hollywood Foreign Press Association) desde 1944.

Alguns analistas já consideram a possibilidade da greve acabar prejudicando também a cerimônia de entrega do Oscar agendada para o dia 24 de Fevereiro.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Mostra Helena Ignez, A Mulher do Bandido


A Caixa Cultural RJ promove de 8 a 20 de Janeiro, a mostra Helena Ignez, A mulher do bandido, numa retrospectiva cinematográfica, inédita no Brasil, com a exibição de 29 filmes em que Ignez atuou e dirigiu.

Uma das principais presenças femininas do cinema brasileiro, Helena Ignez atuou em filmes de diferentes gêneros e movimentos cinematográficos, como o Cinema Novo e o Cinema Marginal. A atriz inaugurou um novo estilo de interpretação, mas, contraditoriamente, alguns dos filmes em que atuou são pouco difundidos.

Helena Ignez nasceu em Salvador, em 1942. Ela nem pensava em ser atriz, quando, já em seu segundo ano do curso de Direito, assistiu uma peça teatral e encantou-se com a atuação de um grupo de jovens atores. Vislumbrou, então, a possibilidade de dar novos rumos à sua vida. Abandonou a faculdade e matriculou-se no curso de Arte Dramática da Universidade Federal da Bahia, num momento extremamente vanguardista do teatro baiano.

Ignez trabalhou com consagrados diretores de cinema e mestres do teatro, até mesmo com diretores da Broadway. Em sua primeira aparição no cinema, foi dirigida por Glauber Rocha no filme O Pátio (1959), o primeiro filme de ambos. Registrou seu nome de forma singular em obras cinematográficas, tais como O Padre e a Moça (1965), O Bandido da Luz Vermelha (1968), e Família do Barulho (1970).

Nos anos setenta fundou a produtora Belair com os cineastas Rogério Sganzerla e Júlio Bressane onde realizaram seis longas-metragens em três meses, algo único na historia do cinema nacional.

Considerada um ícone feminino, Helena Ignez recebeu recentemente uma homenagem e retrospectiva no 20º Festival de Fribourg, Suíça, com exibição 30 filmes em que trabalhou, exposição de fotografias, palestras, incluindo uma cine-instalação intitulada Electric Sganzerland.



Mostra Helena Ignez, A mulher do bandido
Local: CAIXA Cultural RJ – Cinema 1
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 Centro (Metrô: Carioca)
Fone: (21)2544-7666/4080
Classificação: 16 anos
Programação completa clique aqui