segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Miss Austen Regrets - Os últimos anos de uma das maiores escritoras inglesas



Da mesma maneira que suas heroínas, a escritora Jane Austen enfrentou muitas das convenções de sua época lutando em busca do final feliz que todas alcançaram em sua obra, mas que infelizmente, a autora não conseguiu para si mesma.

É nesta premissa que se baseia o roteiro de "Jane Austen Regrets" (2008), um filme para a TV produzido pela emissora BBC 1, que já está disponível em DVD importado e faz parte da coleção "Jane Austen´s Sense & Sensibility Collector´s Set".

O foco desta biografia é nos últimos anos de vida da escritora, que morreu em 1817, aos 41 anos de idade, depois de passar por um longo período doente. Dirigido por Jeremy Loving, o filme é um verdadeiro achado para quem se encantou pelo romantismo de "Amor e Inocência" (2007), mas sentiu nele a ausência de melhores expicações para o fato de uma mulher que tanto valorizou o amor, descrevendo-o em sua obra como a maior das realizações humanas, aquela que tem força para vencer tudo; acabou sozinha, de uma forma tão melancólica; em uma época e sociedade em que permanecer solteira tinha um peso enorme e significava uma verdadeira condenação social para uma mulher.

O roteiro, desenvolvido por Kevin Hood, foi baseado na correspondência entre Jane (Olivia Williams), sua irmã Cassandra (interpretada por Gretta Scacchi) e sua sobrinha Fanny (Imogen Potts) e mostra a escritora como uma mulher inteligente, que tem uma visão muito clara e crítica e por isso é muito bem resolvida, apesar de sofrer com as restrições que suas decisões significavam.

Mas as piores críticas partem da própria casa da autora, sua mãe interpretada por Phyllida Law, mostra-se um "poço de amarguras" sempre despejando suas frustrações sobre a filha, a quem acusa de ser a causa de tudo de ruim pelo que passa e passou a família.
Uma atitude que deixa clara para qualquer pessoa a razão das mães mostradas em seus livros serem, em geral, figuras tão negativas.

As diversas chances que Jane teve para casar-se são mostradas em flashback e entre elas, um relacionamento com o Reverendo Brook Bridges (Hugh Bonneville) chama atenção por ser o mais próximo do que poderia ter sido um casamento bem sucedido; mesmo assim, a autora deixa claro que não conseguiria abrir mão de suas obras para viver ao lado de ninguém, nem mesmo de seu grande amor. Gerações e gerações de ávidos leitores agradecem.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lua Nova - The Twilight Saga: New Moon (2009)



E finalmente aconteceu a estreia nos cinemas de Lua Nova, outro filme na lista dos mais aguardados do ano, chegou aos cinemas do mundo inteiro no dia 20/11; a adaptação para o cinema do segundo, de uma série de quatro livros que contam a história de amor entre um vampiro e uma adolescente humana.

A expectativa se refletiu diretamente nas bilheterias, o filme gerou só no final de semana de estreia 274,9 milhões de dólares no mundo inteiro, que embora tenha ficado longe dos 394 milhões do recordista Harry Potter e o Enigma do Príncipe, posicionou Lua Nova no sexto lugar na lista de maiores bilheterias de todos os tempos.

Se o segundo livro trata mais sobre a depressão que Bella (Kristen Stewart) enfrenta pela perda de seu grande amor Edward (Robert Pattinson), que deixa Forks com seu clã de vampiros, por sentir que sua presença é uma constante ameaça a vida de Bella; o roteiro adaptado por Melissa Rosenberg prefere colocar em primeiro plano o mais cinematográfico triângulo amoroso que se forma pela aproximação de Jacob Black (Taylor Lautner); o ombro amigo (e musculoso) que aparece no caminho da protagonista no momento em que o amado Edward resolve desaparecer de vez.

Mas existe um problema que Bella nem imagina, a lenda Quilauate que fala de uma tribo de índios com poder de enfrentar e destruir os vampiros, não é uma mera história, mas uma realidade e com o tempo, a garota se vê no meio e precisando escolher entre um vampiro e um lobisomem.

Outro detalhe que chama atenção da garota é que após meses de abandono, ela percebe que consegue rever Edward em condições que envolvem adrenalina e desta forma, Bella começa a procurar atividades perigosas, como pegar carona com motoqueiros desconhecidos, correr com sua própria moto e finalmente arremessar-se ao mar de penhascos, para desespero de Edward, com quem continua mentalmente conectada.

O diretor Chris Weitz, com seu trabalho muito mais associado ao universo da comédia consegue um resultado razoável quando contrapõe notas mais dramáticas, como a apropriada citação de "Romeo e Julieta" no início do filme, com boas piadas aqui e ali, que aliviam um pouco a mão e oferecem um respiro para a tensão crescente rumo ao final.

E se no primeiro filme os responsáveis pelo perigo eram vampiros errantes, neste, o clã organizado e milenar dos Volturi, considerados realeza entre os de sua espécie, se transformam em ameaça.

Ao achar que Bella está morta, Edward resolve jogar-se nas mãos deles, criando um problema ainda maior, já que o lider deles Aro (Michael Sheen) o obriga a uma decisão que ele jamais gostaria de tomar, mas que só virá a se materializar no terceiro filme da saga, já em produção: Eclipse, com estreia prevista para 30 de Junho de 2010.

domingo, 22 de novembro de 2009

Terror na Antártida (Whiteout - 2009)



Em uma base americana na Antártida, a equipe residente está prestes a embarcar de volta para casa, alguns para as férias de inverno, enquanto outros serão substituidos definitivamente por novos membros.

A policial federal Carrie Stetko (Kate Beckinsale), responsável por manter a ordem da base e o médico John Fury (Tom Skerritt), que cuida da saúde de todo mundo por lá; estão no time dos que não retornarão, apenas contando o tempo que falta para embarcar.

Mas é claro que os planos dos dois serão interrompidos; às vésperas do embarque, um grupo de geólogos desaparece e o corpo de um deles, encontrado em uma área distante da base, indica que houve um assassinato; o primeiro a acontecer no Continente Gelado.

Aos poucos e com muita dificuldade, Carrie vai juntando as peças em um ambiente cada vez mais inóspito, que piora a cada minuto, com a aproximação de grandes tempestades que podem acabar por manter toda a equipe presa na base, por todo o inverno, a mercê de um assassino.

Dirigido por Dominic Sena (60 Segundos), o filme mostra imagens deslumbrantes do continente gelado em uma área que se só pode ser descrita como um imenso deserto de gelo, com ventos de 160 km/h, nenhuma visibilidade e uma temperatura abaixo dos 80 graus negativos e esfriando.

Este ambiente hostil se revela como mais um inimigo a ser combatido e o filme traz imediatamente à memória o clássico do terror de John Carpenter "O Enigma do Outro Mundo" (82); em que os cientistas, acidentalmente, desenterram um monstro alíenigena que vai dizimando toda a população da base; mas no caso de "Terror na Antártida", o monstro é humano.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2012 - O espetáculo da destruição



Relacionado há algum tempo na lista dos filmes mais aguardados do ano em um ano em que não faltaram mega estreias, a superprodução 2012 chegou na última sexta-feira, com grande alarde, aos cinemas do mundo inteiro.

O resultado se refletiu nas bilheterias, até agora, com apenas 5 dias de exibição, o filme já rendeu 235 milhões de dólares, 74 milhões apenas no final de semana de estreia.

E se os trailers já adiantavam que o filme teria algo de grandioso, eles revelavam muito pouco do tamanho do espetáculo de destruição que estava por vir.

Essencialmente visual, o roteiro pode se revelar decepcionante, especialmente para quem esperava por maiores detalhes sobre a tal da Profecia Maia, que teria selecionado o ano de 2012, mais especificamente o dia 21/12, como o último da História da humanidade no Planeta.

O filme acompanha a história do geólogo americano Adrian Helmsley (Chiwetel Ejiofor) que descobre com colegas na Índia que uma estranha "tempestade solar" provocou o bombardeamento da Terra por Neutrinos, que por sua vez, estão causando um aquecimento anormal do núcleo do planeta.

Os governos das nações mais poderosas da Terra são avisados, mas mantem a situação em segredo, enquanto criam grandes naves onde embarcarão os chefes de estado, cientistas e quem puder pagar 1 bilhão de euros por sua passagem.

Logo chega 2012 e Jackson Curtis (John Cusack), um escritor que não faz muito sucesso e por isso, trabalha como motorista de limousine para um milionário russo, descobre que os terremotos que acontecem com cada vez maior frequencia são um problema realmente sério e decide escapar com a ex-esposa Kate (Amanda Peet) e os filhos, para tentar sobreviver ao caos que agora reina.

Roland Emerich, mais uma vez, coloca "fogo" em tudo e mesmo assim consgue construir uma história onde deixa bem claro quem são os mocinhos e quem são os bandidos e assim como em "Independence Day" (1996), os primeiros além de um "bom coração" têm aquela sorte que os faz escapar sempre por um triz de toda e qualquer situação, mesmo as mais desesperadoras.

Para sentar no cinema, com o maior pacote de pipoca possível e curtir o espetáculo visual, já que as quase 3 horas de filme não oferecem muito mais do que isso.

domingo, 8 de novembro de 2009

Prepare-se para os sustos de Atividade Paranormal



A ideia não é exatamente inédita, desde que "A Bruxa de Blair" (99) alimentou os sonhos dos diretores do cinema independente de conseguir emplacar um filme de baixíssimo orçamento e fazer alguns milhões de lucro, além de conseguir aquela visibilidade que dinheiro algum compra, mas que significa na prática a oportunidade de assumir projetos mais ambiciosos, e quem sabe, um espaço entre os grandes.

Atividade Paranormal custou apenas 15 mil dólares e até agora, com sua exibição apenas nos EUA já rendeu mais de 91 milhões de dólares, nada mal para Oren Peli, um diretor iniciante que com uma câmera na mão, filmou um script criado por ele mesmo, com meia dúzia de atores e pouquíssimos efeitos especiais.

A ideia era de dar a impressão de uma filmagem caseira e até mesmo os letreiros do início do filme estão lá com a única finalidade de reforçar a impressão de que o que vemos aconteceu de verdade.

O roteiro conta a história de um casal de San Diego que vem enfrentando um problema inusitado, todas as noites, quando dormem, são acordados por barulhos, passos, batidas e sons estranhos que sugerem a presença de mais alguém na casa, mas eles nunca encontram ninguém, nem nada que possa ser a origem da perturbação.

Micah (Micah Sloath), decide então comprar uma boa câmera para registrar e tentar descobrir o que está acontecendo, deixando-a ligada a noite toda no quarto.

A namorada, Katie (Kathie Feathersthon), que já viveu anteriormente problemas parecidos, não acha essa uma boa ideia e convida um médium (Mark Fredrichs) para dar uma olhada na casa e tentar solucionar o problema, mas ele se revela incapaz disso e ainda adverte os dois de que as coisas podem piorar muito se não procurarem a ajuda de um especialista.

Claro, que tudo vai piorando e piorando até um desfecho terrível.

Assustador em alguns momentos, o filme ganhou sua fama principalmente no "mouse-a-mouse" em um burburinho crescente criado na rede, o que levou uma exibição limitada a poucos cinemas do circuito alternativo, para o grande circuito, onde continua faturando alto.

Mas, sinceramente, não vá ao cinema esperando muito, senão irá se decepcionar.

Com estreia oficial no Brasil agendada para o dia 04 de Dezembro, o filme já está com algumas sessões de pré-estreia acontecendo em alguns cinemas.

sábado, 7 de novembro de 2009

Michael Jackson's This is It (This is It - 2009)



Ele ficou 10 anos longe dos palcos, mas já se preparava para voltar, Michael Jackson ensaiava aquela que seria a sua turnê de despedida.

Uma despedida em grande estilo, como todos sabem, "This is It" não chegou a acontecer e pelo que se vê no filme seria o maior e mais impressionante show que o artista faria em sua longa carreira que durou 45 anos.

O diretor do show Kenny Ortega filmou tudo, a preparação de cada número musical, com bailarinos, filmagens de background e todos os efeitos especiais que a tecnologia colocou a disposição do entretenimento, incluindo impressionantes técnicas de 3D.

O resultado é a sensação de que estamos vendo o show, claro que sem os figurinos e como todo ensaio, com Michael muitas vezes fazendo apenas a sugestão de sua incrível movimentação, mas para um bailarino como ele, só a sugestão do movimento já é suficiente para deixar as platéias extasiadas.

Falando em sugestão, cai também por terra a noção de que Michael tinha pouca participação no resultado final daquilo que nos acostumamos a ver nos palcos, sempre em um tom de voz doce, ele faz sugestões aos músicos, bailarinos, atores, diretor... enfim, tudo no show é resultado de sua visão e de seu conhecimento do mundo em que passou quase a vida inteira, o palco era o seu território.

E não há muito espaço no palco para vida pessoal, ou qualquer outro detalhe que ajude a compreender melhor o personagem, aquele que havia conquistado com suas muitas excentricidades, um espaço permanente em todos os tablóides sensacionalistas do mundo.

Mas não é ele que sobe ao palco, como se tivesse uma segunda personalidade, o homem quieto e tímido com apenas um fiapo de voz quando conversa com os membros de sua equipe, se torna um monstro e mesmo quando apenas sugere os movimentos que faria, não há como deixar de olhar para ele.

O registro de Kenny Ortega, que provavelmente seria usado como extra no DVD oficial do show remonta habilmente cada uma das canções com versões de dois ou três ensaios diferentes.

Também é muito interessante ver as filmagens que fariam parte do cenário, como em "Smooth Criminal", em que Michael contracena com Rita Hayworth em Gilda e foge de bandidos liderados por Humphrey Bogart e, é claro, o remake do video clipe de "Thriller" executado parte em vídeo 3D, parte no palco, com direito a famosa coreografia com os zumbis, são pequenas amostras daquilo que deixaria no público pronto para ir até Londres, com a certeza absoluta de ter presenciado o maior espetáculo da terra.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Produtora de Hollywood quer filmar história que ainda não terminou

Depois da crise econômica, as produtoras de cinema parecem estar tentando recuperar o tempo perdido. A Mandalay Pictures comprou os direitos de uma história que ainda nem está concluída.

A ficção científica "Machine Man", está sendo escrita online por Max Barry e só será publicada em livro em 2011 pela Vantage Books.

O futuro livro conta a história de um engenheiro cansado de viver uma vida comum, como um homem normal e que ninguém nota, quando tem a ideia de fazer melhorias no próprio corpo e ao invés de ir até a academia, como as pessoas comuns fazem, resolve o problema substituindo partes de seu corpo por próteses construidas em titânio, por ele mesmo.

O mais interessante é que "Machine Man" é um experimento literário de Barry, está sendo revelado aos leitores, uma página por dia e costuma aceitar as sugestões que recebe, isso significa que é provavel que ninguém, nem a própria Madalay, sabe como a história termina.

O filme já tem produtores Peter Guber e Cathy Schulman , mas nem diretor, nem elenco foram definidos.

Segundo Schulman, que já está desenvolvendo o projeto, Barry "é uma das vozes mais inovadoras da ficção de hoje. Max escreveu uma história que deve agradar muito aos "web geeks" e a todo mundo que curte um suspense."

Aliás, a obra de Barry está se provando bastante "cinematográfica", "Company" foi adquirido recentemente pela Universal que está preparando sua adaptação para as telas ao lado da produtora Shady Acres e "Jennifer Government" já está nas mãos da Warner, em um filme que já tem o envolvimento de George Clooney e do diretor Steven Sodebergh.

Se você, como eu, ficou curioso com o livro, escrito online, pode conferi-lo no site http://maxbarry.com/machineman/

PS: E por falar em livros que são desenvolvidos aos poucos online, estou escrevendo um destes, o segundo, em meu outro blog Contos do Jardim Secreto.
A Chave, é uma história de amor com toques de Alquimia, que mostra ainda o lado "mágico" da nossa vida diária.
Também ainda não está concluída, mas terá mais um capítulo postado ainda nesta semana, confiram!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Oscar 2010 já tem apresentadores


Depois do impasse provocado pelo aviso do ator Hugh Jackman de que não assumiria a apresentação da premiação da Academia em 2010, os organizadores tiveram uma grande dificuldade para encontrar substitutos.

Tudo porque o "papel" de apresentador, além da visibilidade que ele proporciona, afinal a cerimônia é retransmitida pela TV para cerca de 90 países, mas viu sua audiência "despencar" consideravelmente nos últimos anos, fato que tem preocupado muito seus organizadores.

Além disso, o apresentador sempre acaba muito criticado, o que provavelmente levou atores como Robert Downey Jr e Ben Stiller recusarem o convite feito pela Academia na semana passada.

Mas hoje o problema foi resolvido, Steve Martin e Alec Baldwin serão os apresentadores da 82ª edição da premiação que deve acontecer em Fevereiro de 2010, em uma data ainda não definida pela organização.

É a primeira vez desde 1987 que a cerimônia terá mais de um apresentador e também pela primeira vez haverá 10 candidatos ao prêmio de melhor filme.

Desta forma, Hollywood pretende aumentar o interesse do público e retomar a antiga glória de sua mais famosa noite de gala.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel - 2009)



Uma figura emblemática e talvez a mais importante da moda no século XX, Coco Chanel já teve sua vida visitada pelo cinema notadamente, no ano passado com o filme feito para a TV "Coco Chanel", com Shirley MacLaine, no papel da estilista.

Mas desta vez, trata-se de uma produção francesa, dirigido por Anne Fontaine e com Audrey Tautou e seu sucesso internacional, ajudando a dar uma cara mais internacional ao filme, já que a atriz francesa despontou como estrela para o restante do mundo em dois grandes sucessos "Amélie Poulain"(2001) e "O Código da Vinci" (2006).

Mas a história da retratada ajuda muito, de criança abandonada em um orfanato de freiras no interior da França, a jovem Gabrielle Chanel, ganha seu apelido quando ao lado da irmã Adrienne (Marie Gillain), se apresenta em cabarés, durante à noite, cantando a canção "Qui qu’a vu Coco dans l’Trocadéro?", com uma letra divertida que faz menção a um cãozinho perdido.

Durante o dia, Gabrielle trabalha como costureira, também ao lado da irmã fazendo ajustes nas roupas em uma oficina de costura.

Mas é no cabaré que Gabrielle conhece o milionário Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde) e o encanta com sua personalidade forte. Nasce ali um relacionamento que levará Chanel a conviver com homens ricos, atrizes e cortesãs, em um mundo que até então ela não conhecia.

Coco Chanel jamais admitiu suas origens pobres, mentindo que era filha de milionários que desapareceram a caminho da América.

É no convivio com Balsan que ela conhece Arthur Capel (Alessandro Nivola), um playboy britânico por quem a estilista se apaixona e que enxerga na garota de olhos e atitudes intensos todo seu potencial, incentivando-a a ir para Paris atrás de seus sonhos.

Mulher moderna, ela ajuda a moda feminina a dar um salto considerável, libertando a mulher de espartilhos, chapéus gigantes e todos os tipos de excessos tão comuns no final do sec XIX.

Audrey captou tão bem a personagem que será difícil vê-la de agora em diante sem lembrar da estilista.

Muito bem ambientado na França do início do século XX, o filme reconta com muita propriedade o início da história de uma das razões da moda francesa ter chegado aonde chegou e não será nenhuma surpresa vê-lo na lista de candidatos a melhor filme estrangeiro na premiação do Oscar deste ano.

domingo, 1 de novembro de 2009

Te Amarei Para Sempre - The Time Traveler's Wife (2009)



A viagem no tempo é um tema mais ou menos recorrente no cinema, mas romances são matéria rotineira e Hollywood jamais deixaria passar uma história onde os dois estão intrinsicamente entrelaçados como no livro homônimo de Audrey Niffenegger.

Assim como em "Algum Lugar do Passado", o amor tem o tempo como inimigo, Henry (Eric Bana), é um bibliotecário com um estranho problema genético, em condições não muito bem explicadas, ele se transporta no tempo, reaparecendo completamente nú em algum momento relacionado à sua própria vida no passado ou no futuro.

Nestas voltas, Henry acaba aprendendo que não tem como mudar ou interferir nos acontecimentos do passado. Sua primeira viagem no tempo acontece na infância e graças a ela, ele sobrevive ao terrível acidente de carro que mata sua mãe (Michelle Nolden), uma cantora lírica pouco conhecida.

As viagens são completamente incontroláveis, mesmo assim, Henry tenta algumas vezes salvar a vida da mãe, mas acaba percebendo que por mais que se esforce, é impossível para ele mudar os acontecimentos do passado.

Em uma destas viagens, quando está com 36 anos, ele conhece Clare (Rachel McAdams), uma garotinha de apenas 6 anos que encantada com as histórias do viajante, passa a infância esperando pelas visitas constantes do amigo misterioso, enquanto espera ansiosamente pelo dia em que poderá encontrá-lo em igualdade de condições para finalmente poder viver ao lado dele.

E este encontro acontece na biblioteca em que Henry trabalha, onde ele é surpreendido pela garota, em um momento no tempo em que ele ainda não sabe de sua existência; parece confuso, mas faz sentido dentro das idas e vindas de Henry.

Mesmo nesse vai e vem, o romance se desenvolve, já que Clare esperou pela vida inteira para estar com Henry e ela tem toda a paciência do mundo para vê-lo desaparecendo e ressurgindo em momentos chave da vida de ambos e muitas vezes sentindo-se solitária e sem apoio.

Dirigido pelo diretor alemão Robert Schwentke, o filme é uma razoável adaptação do livro que o inspirou, sem vários dos seus questionamentos, é claro, mas mesmo assim, uma bela história de amor e paciência para esperar que ele finalmente possa acontecer.