sábado, 3 de março de 2012

A Mulher de Preto chega aos cinemas brasileiros




Existem algumas boas razões para receber o terror "A Mulher de Preto" com alegria nos cinemas.
A primeira é que se trata do primeiro filme estrelado por Daniel Radcliffe depois do último capítulo da Saga Harry Potter e também o primeiro papel adulto que ele assume em sua carreira, que, a se julgar por este início, deve ser bastante promissora.

Sem os óculos e a tal cicatriz em formato de raio na testa, Daniel é Arthur Kipps, um jovem advogado viúvo, com um filho pequeno, que depois da morte da esposa vive um período complicado em sua vida profissional e por isso, não tem muita escolha, senão aceitar viajar até um vilarejo costeiro, distante de Londres para organizar os papéis e vender uma velha mansão de uma falecida cliente do escritório em que trabalha.

Mas ao chegar no povoado ele percebe que sua situação profissional é o menor de seus problemas. Hostilizado pela população local, ele passa a ter visões perturbadoras na isolada mansão, enquanto presencia mortes terríveis no vilarejo, onde apenas deseja fazer seu trabalho.

A assinatura da ressuscitada produtora Hammer empresta estilo ao filme dirigido por James Watkins. Especializada em terror, a Hammer tem uma longa lista de serviços prestados ao gênero, com filmes que sempre sugeriram mais o medo, do que o explicitaram.

E clima tenso constante é o que se encontra em "A Mulher de Preto", garantido por escolhas cuidadosas de locação, que incluem um estranho vilarejo e uma mansão parcialmente destruída pelo tempo, que, claro, fica completamente isolada do mundo durante a maré cheia.

Se os cenários exteriores são assustadores, os interiores são apavorantes e não tem como ficar indiferente a alguns detalhes perturbadores da casa mal assombrada como a tétrica coleção de brinquedos da era vitoriana.

Com certeza, uma ótima oportunidade para o público de levar muitos sustos durante o filme e passar algum tempo com um certo medo das sombras sugeridas pela escuridão.

O filme é a segunda adaptação para cinema do livro homônimo escrito por Susan Hill. A primeira, de 1989, tem uma estranha coincidência, o ator escolhido para viver o jovem Arthur Kipps é Adrian Rawlins, que interpretou o pai de Harry Potter nos filmes da saga.