quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Celebration Day é festa para os olhos e ouvidos


Agora que existe quase uma certeza absoluta de que a reunião que aconteceu no dia 10/12/07 na O2 Arena, em Londres, foi mesmo a última chance de ver o Led Zeppelin tocando ao vivo, cresce ainda mais a importância de seu registro em áudio e vídeo.

Com 14 câmeras gravando todos os detalhes da noite, incluindo algumas de super 8, posicionadas no meio da plateia, era mais que evidente a intenção de levar a apresentação além, afinal, o interesse por ela levou mais de 20 milhões de pessoas a inscreverem-se no site, disputando seus 18 mil ingressos pela internet; além de empresários oferecerem somas astronômicas para que a banda voltasse a excursionar. Mesmo assim, o processo foi longo e demorou cinco anos para os fãs poderem rever apropriadamente as emoções daquela noite ou sentí-las pela primeira vez.

Sem uma justificativa plausível para a demora, além da constatação feita por John Paul Jones durante a coletiva de imprensa de lançamento do trabalho, de que "cinco anos são cinco minutos em se tratando de Zeppelin";o material deve ir para as lojas a partir do dia 19/11; mas antes disso, ele chega a poucos cinemas a partir do dia 17/10 em apenas algumas exibições programadas ao redor do mundo e se prova grandioso suficiente para encher as telas.

Dirigido por Dick Carruthers, um cineasta experiente no registro de shows e documentários, o filme é econômico quando comparado a "The Song Remais the Same" (76) e apenas mostra o que aconteceu no palco, quando os três membros sobreviventes do Led Zeppelin: Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones se unem novamente a Jason Bonham, filho de John morto em 1980 e mostram ao público do que ainda são capazes.

E se durante a década de 70 o Led Zeppelin era famoso por improvisar sobre o palco longamente, pinçando músicas no repertório de outros artistas em delirantes potpourris e/ou apresentando longos solos e verdadeiros duelos entre guitarra e voz; a apresentação de "Celebration Day" é curta, direta ao ponto e sem muito espaço para maiores viagens musicais.

O tom está sim um pouco mais baixo pois a voz de Plant obviamente não é mais a mesma, mas o que falta em agudos, sobra em feeling e em alguns momentos fica mesmo muito difícil não se emocionar. 

Os arranjos mergulham fundo nas raízes hard blues da banda. E vendo bem de perto, graças às câmeras de Carruthers, dá para perceber nos quatro músicos a vontade imensa de estar ali, revisitando mais uma vez aquele capítulo já tão distante de suas vidas.

E depois de ensaiarem juntos por seis semanas, o que se vê no filme está muito próximo da perfeição ajudando a entender porque a banda ainda é considerada por muitos como a melhor banda de rock que já existiu e chega a ser um enorme desafio para o público segurar as lágrimas que teimam em surgir nos olhos em clássicos absolutos como "No Quarter" e "Misty Mountain Hop" ou diante da grandiosidade de "Kashmir". 

Com a emoção sempre correndo solta, Celebration Day não é certamente o que se espera ver normalmente em um cinema, o público canta, se agita e aplaude cada vez mais solto a cada nova música executada e a comoção explode quando chega a vez de "Stairway to Heaven"; a canção que Robert Plant não queria mais cantar arranca lágrimas e suspiros de ambos os lados da tela.

E se o filme de Carruthers tem um problema, quase um defeito, em sua perfeição, é o de passar uma grande parte do tempo nos mostrando em close as mãos de Jimmy Page em ação; gênio, bruxo, mestre ou qualquer um dos tantos adjetivos que são associados merecidamente ao seu nome, ele dá aos fãs quase uma vídeo-aula de guitarra e os hipnotiza tocando mais uma vez com o arco de violino. 

Para quem quer conhecer melhor o rock e entender porque o Led Zeppelin ainda causa tanto alvoroço, este é um filme necessário, já para os que se dizem fãs, o melhor a fazer é correr para garantir os ingressos para a sessão do dia 03/11 porque este é um filme obrigatório.




Setlist do show "Tribute to Ahmet Ertegun" da banda Led Zeppelin

Good Times Bad Times
Ramble On
Black Dog
In My Time of Dying
For Your Life
Trampled Under Foot
Nobody's Fault But Mine
No Quarter
Since I've Been Loving You
Dazed and Confused
Stairway to Heaven
The Song Remains the Same
Misty Mountain Hop
Kashmir
Bis:
Whole Lotta Love
Rock and Roll

Confira o trailer de Celebration Day: 





sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - parte 2 - Novo trailer e novo poster divulgados


Para quem não aguenta mais esperar pela chegada do dia 15/11, quando  finalmente estreia nos cinemas brasileiros "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - parte 2", o último capítulo da franquia, as notícias são boas: um novo trailer  e o poster definitivo do filme acabam de ser divulgados.

O novo trailer mostra principalmente o clã dos Cullen buscando ajuda de outros vampiros na tentativa de defender a pequena Renesmee e sua família da fúria assassina dos Volturi; em uma batalha que promete ser épica. Vale lembrar que os ingressos  para "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - parte 2" já estão sendo vendidos.

O poster é uma imagem dessa grande batalha, com Edward, Bella e Jacob liderando seu próprio exército.

E aí? Ainda mais ansiosos para ver?


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sustos e reviravoltas em novo suspense que discute a fé

Depois do sucesso de "Enterrado Vivo", sua claustrofóbica estreia em Hollywood, o diretor espanhol Rodrigo Cortés volta a surpreender com suspense sobre a investigação científica dos chamados poderes paranormais.

A doutora Margaret Matheson (Sigourney Weaver) dedica-se de corpo e alma à árdua tarefa de descobrir a verdade sobre os chamados fenômenos paranormais que estudou toda a sua vida e até o momento, depois de mais de 30 anos de trabalho, ainda não foi capaz de encontrar nenhum fenômeno que não pudesse ser explicado pelas ciências naturais, como a física e a química ou por simples truques de magia.

Em sua caçada, ela está sempre acompanhada de seu protegido Tom Buckley (Cillian Muprhy) que no mesmo espírito de sua mentora, faz questão de expor todas as farsas que encontra em seu caminho.

Tudo corre de acordo com o esperado até o anúncio do retorno à cena de Simon Silver (Robert De Niro), um famoso paranormal que havia desaparecido das vistas do público há 30 anos em um complicado episódio que resultou na morte de um repórter.

Tom imediatamente quer investigá-lo e mesmo diante dos pedidos da doutora Matheson para evitar confrontos, Buckley decide desmascará-lo.

Com boas interpretações, o filme se propõe a discutir a fé e seus exploradores, oferecendo ao espectador um clima razoável de suspense com bons sustos e reviravoltas pouco óbvias, até seu final surpreendente.









sábado, 8 de setembro de 2012

Meia-Noite em Paris

Já se vão quase 10 anos, desde "Melinda Melinda" de 2004, que Woody Allen lembrou-se que existia um mundo fora de Manhattan, tirou a poeira da capa do passaporte e resolveu usá-lo para buscar novos cenários para seus filmes. Com altos e baixos, desde então, o genial cineasta tem mostrado seus peculiares pontos de vista, do lado de lá do Atlântico, na Europa.

E desta vez ele encontrou Paris, talvez a capital da Europa mais cantada em verso e prosa, aparece esplendorosa já nas primeiras cenas do filme, dividindo o público entre aqueles que suspiram por já conhecê-la e os que o fazem por ainda não ter tido uma oportunidade.

Uma cidade linda tanto sob o sol quanto sob a chuva e seu encantamento, que se estende também por sua enorme importância cultural encanta Gil Pender (Owen Wilson), um roteirista de Hollywood que embora ganhe muito bem com os filmes que faz, ainda tem o sonho de tornar-se um bom escritor e até já começou a escrever um livro, mas tem muita insegurança quanto a seu valor.

Viajando com sua noiva Inez (Rachel McAdams) e seus sogros; ele acaba isolado porque é o único suficientemente sensível ali para ver na cidade mais do que a chance de fazer compras com algum glamour, ainda mais depois que sua noiva esbarra em Paul (Michael Sheen); seu antigo professor na faculdade e um pretensioso sabe-tudo, que não demora muito a irritar Gil.

Assim, ele sai sozinho para passear pela cidade à noite quando algo muito estranho acontece; um carro da década de 20 passa por ele e oferece uma carona, levando-o ao que tudo indica ser uma festa temática, mas que mais tarde se revela ser uma viagem ao cenário de seus sonhos, onde vivem Ernest Hemingway, Cole Porter, Picasso, Gertrude Stein, Matisse, Luis Bunuel e Salvador Dali, para ficar em apenas alguns e onde ele conhece Adriana (Marion Cotillard); uma garota por quem se apaixona e que, embora viva rodeada pela nata da intelectualidade do início do século XX, como Gil, também imagina que o melhor momento para se viver, esteja no passado, mais exatamente na Belle Epoque.

Mostrando mais uma vez o pensamento claro de Allen, o filme é uma delícia de assistir, seja pelos belos cenários parisienses, ou pelo divertido retrato de mitos como Hemingway (Corey Stoll) e Dali (interpretação impagável do ótimo Adrien Brody).

Como todo fruto da fantasia de sonhadores, os personagens reais imaginados por Allen não vão além de seus estereótipos,  deixando assim o exercício de imaginação que ele propõe, ficar ainda mais divertido e tornando-se, especialmente para as pessoas que usam de alguma forma sua criatividade, obrigatório.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

360 - Elenco de estrelas em novo filme de Fernando Meirelles


O diretor brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus) se uniu ao roteirista oscarizado Peter Morgan (A Rainha) para fazer uma nova adaptação da peça “La Ronde” do dramaturgo alemão Arthur Schnitzler.

E se no texto original de Schnitzler existia uma crítica severa sobre a promiscuidade que permitia a disseminação de doenças sexuais na Alemanha do século XIX, na nova versão simplesmente acompanhamos personagens cujas vidas se entrelaçam em algum momento, com a finalidade de apenas mostrar a importância das escolhas que definem o caminho de cada um.

Mirka (Lucia Siposova), uma jovem da Eslovaquia está posando para um fotógrafo russo, em Viena, com a finalidade de entrar em um catálogo de acompanhantes na internet.

Seu primeiro cliente é um homem de negócios britânico (Jude Law), na cidade para reuniões acaba não conseguindo encontrar-se com a garota de programa e sozinho no quarto de hotel, deixa uma mensagem apaixonada para a esposa na secretária eletronica, enquanto ela (Rachel Weisz) está ocupada, tendo um caso com um fotógrafo brasileiro (Juliano Cazarré).

E os personagens vão sendo apresentados um a um, em uma rede intrincada de relações e acasos que tem seu diferencial na linguagem visual de Meirelles e na costumeira competência acima da média de Anthony Hopkins, que consegue extrair o máximo de seu personagem, um homem britânico a caminho dos EUA para fazer o reconhecimento do que pode ser o corpo de sua filha desaparecida há algum tempo.

A ideia não é nova e chegou a ser muito bem valorizada quando o filme independente "Crash" (2004), com uma estrutura parecida, venceu o Oscar de melhor filme em 2006, mostrando personagens cujas vidas se entrelaçavam na mesma cidade, mas diferente deste, o que os personagens tinham em comum era a violência, em "360", o que se vê é o amor em suas formas mais variadas, costurando os destinos de personagens que vivem em cidades tão diversas como Viena, Londres, Paris e Rio de Janeiro.

Não é o melhor filme de Meirelles, mas também não merecia a saraivada de críticas negativas que recebeu em sua carreira internacional. Resta saber agora, como será recebido por aqui, quando estreiar no dia 17/08.

Confira o trailer de "360"


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Edgar Allan Poe é herói de ação em filme que ficcionaliza os últimos dias de sua vida


O escritor Edgar Allan Poe (John Cusack) é o personagem central neste suspense gótico que cria uma história ficcional para explicar o que aconteceu em seus ainda misteriosos últimos dias de vida.

Segundo o roteiro escrito por Ben Livingston e Hannah Shakespeare, o autor está em Baltimore, em uma péssima fase, enfrenta um bloqueio criativo e está constantemente bêbado e sem dinheiro, mesmo depois de ver seu trabalho reconhecido no mundo literário.

Assim, Poe não era muito bem aceito pela sociedade de Baltimore e vê seu envolvimento romântico com Emily Hamilton (Alice Eve), filha de um milionário local, não ser bem aceito pelo pai da moça, vivido por Brendan Gleeson.

Para piorar tudo ainda mais, um serial killer passa a basear-se em suas histórias para cometer assassinatos e o autor, inicialmente suspeito das mortes, se vê obrigado a colaborar com o detetive Fields (Luke Evans) para capturá-lo.

A surpresa do filme está aí e o que traz imediatamente as semelhanças com a franquia de sucesso Sherlock Holmes, o Poe de "O Corvo" transforma-se em uma espécie de herói de ação, perseguindo o assassino pelas ruas e até cavalgando atrás dele pela mata em alguns momentos.

O charme e a graça da versão holywoodiana do detetive de Conan Doyle foram substituídos pelo tom mórbido e por cenas pesadas de corpos sendo destroçados, por guilhotinas e pessoas enterradas vivas.

A direção de James McTeigue é um dos pontos altos do filme, e o trabalho decente do elenco, adiciona um interesse extra na obra que, de outra forma, seria apenas mais um suspense banal, diversão rápida para ser consumida com pipoca.

De positivo, seria ótimo que o filme aumentasse o interesse sobre a obra de Poe, esta sim, genial e digna de ser redescoberta.


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Madonna dirige filme sobre romance polêmico

Uma história de amor que poderia muito bem fornecer material para os contos de fadas. Em 1936, o rei Edward VIII (James D’Arcy) abdica do trono para poder casar-se com Wallis Simpson (Andrea Riseborough), uma americana divorciada, gerando um enorme escândalo que quase destrói a monarquia britânica.

Madonna passou alguns anos pesquisando mais a fundo esta história de amor e assina o roteiro junto com Alek Keshishian (diretor do documentário "Na Cama com Madonna" de 1991).

E para apresentar ao público o romance, Madonna lança mão de um recurso que já vimos antes em "Julie e Julia"(2009); Wally (Abbie Cornish) é uma mulher que se sente presa a um casamento em crise, em 1998, e passa a interessar-se pelo romance real a partir da exposição de objetos que pertenceram ao casal, prestes a serem leiloados na Sotheby's onde ela mesma já tinha trabalhado.

Quanto mais seu casamento vai mal, mais ela mergulha na fantasia e com o tempo Wallis Simpson passa a ser sua melhor amiga imaginária e as cenas em que elas compartilham a tela são interessantes, assim como alguns momentos completamente anacrônicos como aquele em que se vê Wallis Simpson dançando ao som de Sex Pistols durante uma festa.

Aliás, a trilha sonora de Abel Korzeniowksi e os figurinos impecáveis de Arianne Phillips, indicados para o Oscar, são dois pontos altos do filme e certamente fazem parte de uma estratégia de Madonna, a de cercar-se dos melhores profissionais de cada área para compensar sua ainda pequena experiência como diretora.

Como quem realmente ainda busca seu espaço no cinema, Madonna escolhe passar batido nos aspectos mais polêmicos da biografia de Edward VIII e cita muito por cima seu envolvimento com o Nazismo e o exílio que ele causou.

Em alguns momentos, o filme lembra um videoclipe, com tomadas onde o apelo visual ajuda o espectador a esquecer um pouco a confusão nas idas e vindas temporais da trama. De qualquer forma, vale a pena ver, seja pelo resgate dos personagens históricos que nunca tiveram espaço suficiente no cinema, seja pela ambição de Madonna de conquistar um espaço atrás das câmeras; em "W.E. - O Romance do Século", ela mostrou que tem algum talento para isso, falta apenas amadurecê-lo.




domingo, 29 de abril de 2012

Uma nova Missão Impossível para Tom Cruise: viver um Rockstar


Um musical da Broadway adaptado para o cinema promete dar muito o que falar no verão americano: "Rock of Ages: o Filme" quer trazer para as telas de cinema o som, o visual e principalmente a diversão de uma era. 
Ambientado em 1987, na cena de rock clubs de Hollywood, o filme conta a historia de Sherrie Christian (Julianne Hough); uma jovem do Kansas que sonha ser atriz e em plena Sunset Strip conhece Drew Boley (Diego Boneta), um garoto da cidade que também está em busca de seus sonhos. Embalado por músicas de Def Leppard, Joan Jett, Poison, Whitesnake, Bon Jovi e outros grandes nomes do rock, o romance entre os dois acontece. 

Dirigido por Adam Shankman, que já tem em seu currículo a adaptação de Hairspray (2007), o filme será uma grande oportunidade de reviver uma época em que o rock tomou conta de todas as paradas de sucesso do mundo. 

Mas a maior atração de "Rock of Ages: o Filme" deve mesmo ser Tom Cruise.
Como Stacee Jaxx, o frontman de uma banda de rock de sucesso, inspirado em Axl Rose, o astro além de usar os melhores figurinos do filme, também assume um dos maiores desafios de sua carreira, o de transformar-se em um Rockstar. 

Também estão no elenco Catherine Zeta-Jones, Alec Baldwin, Mary J. Blige, Paul Giamatti, Bryan Cranston e Russell Brand. 
Nos Estados Unidos, o filme chega aos cinemas no dia 15 de Junho, enquanto no Brasil , sua estreia está programada para o dia 17 de agosto. 


O disco com a trilha sonora de "Rock of Ages: o Filme" será lançado em meados de maio e já teve sua lista de faixas divulgada.

Confira a lista de faixas do álbum da trilha sonora de "Rock of Ages: o Filme": 

1. "Paradise City" / Tom Cruise
2. "Sister Christian/Just Like Paradise/Nothin’ But a Good Time" / Diego Boneta
3. "Juke Box Hero/I Love Rock'n'Roll" / Diego Boneta
4. "Hit Me With Your Best Shot" / Catherine Zeta-Jones
5. "Waiting For a Girl Like You" / Diego Boneta
6. "More Than Words/Heaven" / Diego Boneta
7. "Wanted Dead or Alive" / Julianne Hough
8. "I Want To Know What Love is" / Malin Akerman
9. "I Wanna Rock" / Diego Boneta
10. "Pour Some Sugar On Me" / Tom Cruise
11. "Harden My Heart" / Julianne Hough
12. "Shadows of the Night/Harden My Heart" / Julianne Hough
13. "Here I Go Again" / Diego Boneta
14. "Can’t Fight This Feeling" / Russell Brand
15. "Any Way You Want It" / Julianne Hough
16. "Undercover Love" / Diego Boneta
17. "Every Rose Has Its Thorn" / Diego Boneta
18. "Rock You Like a Hurricane" / Julianne Hough
19. "We Built This City/We’re Not Gonna Take It" / Russell Brand
20. "Don’t Stop Believin" / Diego Boneta

Veja o trailer de "Rock of Ages: o Filme"

sábado, 28 de abril de 2012

O lado humano do ícone em Sete Dias com Marilyn

Estrela, ícone, símbolo sexual, há 50 anos a imagem que ilumina as telas de cinema tomou o lugar até da própria atriz no imaginário popular.
Mas o ícone era uma mulher real, uma atriz de personalidade difícil, que em um certo momento de sua carreira, mais precisamente em 1956, aceitou viajar para Londres para assumir um papel em um filme dirigido pelo prestigiado Laurence Olivier.

Com uma reconstituição de época impecável, "Sete Dias com Marilyn" conta esta história. Michelle Williams é uma Marilyn Monroe com muitas dificuldades para funcionar no estúdio, tentando contrabalançar um casamento recente e desastroso com o escritor Arthur Miller (Dougray Scott) e todos os seus medos e inseguranças aumentados pelo fato de ter feito 30 anos e sentir que não tem mais muito futuro no cinema.

Já para Laurence Olivier (Kenneth Branagh), a ideia era usar a popularidade de Marilyn para tentar alavancar novamente sua carreira, um "sopro de ar fresco" para quem começava a sentir o peso da idade.

Os conflitos, que fizeram parte da criação do filme "O Príncipe Encantado" (1957) são vistos aqui sob a ótica de Colin Clark (Eddie Redmayne), um jovem aristocrata de 23 anos que. por gostar muito de cinema, decide mesmo contra a vontade da família, deixar sua casa para trabalhar com Olivier, como terceiro diretor na tal produção.

Depois de um início confuso, Colin passa a contar com a simpatia da atriz e torna-se o responsável pela presença de Marilyn em cena e assim, arruma para si mesmo uma luta contra toda sua entourage, que inclui até a professora de artes cenicas Paula Strassberg (Zoë Wanamaker).

No meio de tantos conflitos, os atores brilham, Michelle Williams faz um retrato delicado e convincente da atriz, enquanto Kenneth Branagh, Julia Ormond e Judi Dench, iluminam a tela como Laurence Olivier, Vivien Leigh e Dame Sybil Thorndike.

O diretor Simon Curtis tem uma longa experiência em filmes para a TV e compensa um roteiro superficial, dando um maior espaço para seus atores brilharem; tanto que sem muito alarde, em uma produção considerada de médio porte; Kenneth Branagh e Michelle Williams conseguiram ser indicados ao Oscar de melhor ator coadjuvante e melhor atriz.

Mesmo com sua estreia para lá de tardia por aqui, "Sete Dias com Marilyn" é uma obra interessante para quem quer conhecer melhor a mulher real que existiu por trás do ícone.

Em tempo: os fãs de Harry Potter também ficarão felizes de ver Emma Watson como Lucy, que trabalha com os figurinos da produção e é o interesse amoroso de Colin Clark até o momento em que Marilyn Monroe entra em cena.

sábado, 3 de março de 2012

A Mulher de Preto chega aos cinemas brasileiros




Existem algumas boas razões para receber o terror "A Mulher de Preto" com alegria nos cinemas.
A primeira é que se trata do primeiro filme estrelado por Daniel Radcliffe depois do último capítulo da Saga Harry Potter e também o primeiro papel adulto que ele assume em sua carreira, que, a se julgar por este início, deve ser bastante promissora.

Sem os óculos e a tal cicatriz em formato de raio na testa, Daniel é Arthur Kipps, um jovem advogado viúvo, com um filho pequeno, que depois da morte da esposa vive um período complicado em sua vida profissional e por isso, não tem muita escolha, senão aceitar viajar até um vilarejo costeiro, distante de Londres para organizar os papéis e vender uma velha mansão de uma falecida cliente do escritório em que trabalha.

Mas ao chegar no povoado ele percebe que sua situação profissional é o menor de seus problemas. Hostilizado pela população local, ele passa a ter visões perturbadoras na isolada mansão, enquanto presencia mortes terríveis no vilarejo, onde apenas deseja fazer seu trabalho.

A assinatura da ressuscitada produtora Hammer empresta estilo ao filme dirigido por James Watkins. Especializada em terror, a Hammer tem uma longa lista de serviços prestados ao gênero, com filmes que sempre sugeriram mais o medo, do que o explicitaram.

E clima tenso constante é o que se encontra em "A Mulher de Preto", garantido por escolhas cuidadosas de locação, que incluem um estranho vilarejo e uma mansão parcialmente destruída pelo tempo, que, claro, fica completamente isolada do mundo durante a maré cheia.

Se os cenários exteriores são assustadores, os interiores são apavorantes e não tem como ficar indiferente a alguns detalhes perturbadores da casa mal assombrada como a tétrica coleção de brinquedos da era vitoriana.

Com certeza, uma ótima oportunidade para o público de levar muitos sustos durante o filme e passar algum tempo com um certo medo das sombras sugeridas pela escuridão.

O filme é a segunda adaptação para cinema do livro homônimo escrito por Susan Hill. A primeira, de 1989, tem uma estranha coincidência, o ator escolhido para viver o jovem Arthur Kipps é Adrian Rawlins, que interpretou o pai de Harry Potter nos filmes da saga.