quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Abraços Partidos - Quem diria, um Almodóvar noir!



O cineasta espanhol Pedro Almodóvar sempre mostrou em sua obra um alto grau de fascinação pelo próprio cinema e com um estilo muito pessoal, o cineasta costuma revelar aqui e ali, seu amor pela chamada Sétima Arte.

Neste novo trabalho, com personagens do universo cinematográfico, ele não precisa de desculpas e escancara sua paixão.

Harry Cane (Lluís Homar), pseudônimo de um ex-diretor de cinema que tornou-se roteirista após sofrer um acidente que o cegou recebe a visita de um misterioso cineasta chamado Ray X (Ruben Ochandiano), que o procura para contratá-lo para desenvolver um script, desencadeando os flashbacks que explicam sua condição.

O ex-diretor volta ao início da década de 90 para contar o que aconteceu durante as filmagens de seu último trabalho "Garotas e Malas", uma comédia com ecos de "Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos", que tem como protagonista Magdalena (Penelope Cruz) e amante do milionário Ernesto (José Luis Gómez), por quem o diretor se apaixona a primeira vista.

Ciumento, o milionário coloca o próprio filho no set de filmagens com a desculpa de realizar um making of, mas com o objetivo de vigiar o que acontece com a amante e a descoberta da traição desencadeia uma grande crueldade.

Se Almodóvar torna ainda mais explícita sua paixão pelo cinema, vestindo sua musa Penélope Cruz como Audrey Hepburn e Marilyn Monroe em algumas sequências, ele opta por uma paleta de tons mais esmaecidos e próximos da linguagem do film noir, fugindo do padrão coloridíssimo e grandiloquente que o tornou famoso.

Um belo trabalho que deve agradar muito aos cinéfilos, mas que não deixa de ser uma boa opção para os "não iniciados", em busca de apenas uma boa distração.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Valentine's Day é comédia romântica com elenco super estrelado



Mega-hiper-maxi produção, mas desta vez, sem destruição, magia ou qualquer tipo de criatura fantástica envolvida; já tem estreia mundial agendada para o dia dos namorados 12/02/10.

Trata-se de Valentine's Day, acredito que a mais ambiciosa comedia romântica já feita; no elenco: Julia Roberts, Bradley Cooper, Anne Hathaway, Taylor Lautner, Taylor Swift, Jessica Biel, Jessica Alba, Ashton Kutcher, Jennifer Garner, Patrick Dempsey, Joe Jonas, Emma Roberts, Jamie Foxx, Shirley MacLaine, entre outros.

Dirigido por Garry Marshall, que tem um currículo de serviços prestados ao gênero, o filme conta histórias de casais que se complicam e se interconectam com a aproximação do Dia dos Namorados.

Deve ter muita gente por aí não entendendo bem o apelo do filme, mas transportando isso para o mundo da ação; seria mais ou menos como se Bruce Willis, Harrison Ford, Arnold Schwarzenegger, Jason Statham e mais uns tantos machões durões, fizessem um filme sobre arrebentar tudo o que encontram, dirigido por Michael Bay.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Julie & Julia (2009) - Uma história de amor à Gastronomia



Um intervalo de 50 anos separam as duas histórias reais das protagonistas deste filme; quando Julia Child (Meryl Streep) aparece na tela pela primeira vez, estamos no final da década de 40 e ela está chegando em Paris, ao lado do marido Paul Child (Stanley Tucci), um diplomata que acaba de ser transferido para a embaixada americana na França.

O casal é bastante improvável para os padrões mais tradicionais: formado por uma mulher alta, um tanto desajeitada, mas com uma personalidade exuberante e um homem pequeno, careca, discreto, mas perdidamente apaixonado por ela.

Acompanhamos os dois agindo como todo turista recém-chegado, e com aquela dose extra de desinformação que parece existir especialmente entre os americanos, quando descobrem por lá algo que está longe de ser um segredo: a excelência da culinária francesa.

Se apaixonam por ela, e em uma época em que o lugar das mulheres não era exatamente nas cozinhas de restaurantes, Julia luta contra os preconceitos até conseguir penetrar na mais conhecida e prestigiada academia de gastronomia francesa: O Cordon Bleu; na época uma escola essencialmente masculina que formava apenas a nata dos chefs de cuisine do mundo.

Nesse mundo reservado para poucos, a dona de casa começa a sentir a necessidade de dividir seu novo conhecimento com suas compatriotas, do outro lado do Atlântico, e ao lado de duas sócias francesas inicialmente, inicia uma escola e depois faz de um livro seu grande projeto: Mastering the Art of French Cooking, com suas mais de 700 páginas e 524 receitas; demora uma década para ser concluído e torna acessível pela primeira vez a culinária francesa para as donas de casa americanas.

E é aí que entra a segunda protagonista do filme Julie Powell (Amy Adams), inicialmente parece não ter nada em comum com Julia Child, além da nacionalidade.

Em um momento complicado de sua vida, depois de tentar escrever um livro e desistir, ela trabalha atendendo ao telefone da construtora responsável pelo projeto de reconstrução do World Trade Center, em 2002, após os atentados de 11/09.

Um trabalho estressante e sem perspectivas, sua vida consegue ainda piorar um pouco mais, depois que se muda para uma vizinhança nada charmosa no Queens e incentivada pelo marido Eric Powell (Chris Messina); embarca em um projeto ambicioso, o de fazer cada uma das 524 receitas descritas no livro de Julia Child, no período de 1 ano, dividindo sua experiência com o restante do mundo em um blog.

Como Julia, Julie se apaixona pela culinária francesa e fica tão obcecada pela culinarista e pelo projeto, que parece pronta a deixar de lado qualquer coisa em sua vida que esteja no caminho e até mesmo seu compreensivo marido, chega a perder a paciência com os altos e baixos da blogueira.

O roteiro da diretora Nora Ephron, baseado nos livros das duas personagens procura os pontos comuns e faz do filme um ótimo entretenimento, com boas interpretações dos dois lados da história, que nos fazem até mesmo acreditar que Meryl Streep, com seu 1,68m de altura é uma "giganta" desajeitada com mais de 1,80m.

Já para quem tem algum interesse, mesmo que mínimo por culinária, o filme é obrigatório e um prazer à parte. Apenas um conselho: nunca vá ao cinema com fome.

As cenas que envolvem comida boa, são tão explícitas, que podem fazer qualquer um, sair correndo do cinema, em busca do primeiro restaurante francês que puder encontrar.

Parece que a receita do filme tem bem mais de um ingrediente certo para entrar na lista dos "oscarizaveis" deste ano, embora neste quesito a gente nunca possa ter muita certeza sobre o que "sairá do forno".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Robin Williams e John Travolta em nova comédia



Talvez este não seja o melhor momento para falar dele, mas um novo filme estrelado pelo comediante Robin Williams estreiou nos cinemas americanos no "Dia de Ação de Graças".

Entitulado "Old Dogs", o filme conta a história de dois homens de negócios que tem suas vidas viradas de pernas para o ar, quando estranhas circustâncias os obrigam a cuidar de dois garotos gêmeos de 7 anos de idade.

A produção da Disney foi dirigida por Walt Becker e também traz no elenco, John Travolta, Kelly Preston, Lori Loughlin, Bernie Mac, Matt Dillon, Ann Margret e Rita Wilson.

A estreia de "Old Dogs" no Brasil está prevista para 14/05/2010; vamos esperar que até lá, os brasileiros já tenham perdoado os comentários feitos por Robin no talkshow de David Letterman

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Miss Austen Regrets - Os últimos anos de uma das maiores escritoras inglesas



Da mesma maneira que suas heroínas, a escritora Jane Austen enfrentou muitas das convenções de sua época lutando em busca do final feliz que todas alcançaram em sua obra, mas que infelizmente, a autora não conseguiu para si mesma.

É nesta premissa que se baseia o roteiro de "Jane Austen Regrets" (2008), um filme para a TV produzido pela emissora BBC 1, que já está disponível em DVD importado e faz parte da coleção "Jane Austen´s Sense & Sensibility Collector´s Set".

O foco desta biografia é nos últimos anos de vida da escritora, que morreu em 1817, aos 41 anos de idade, depois de passar por um longo período doente. Dirigido por Jeremy Loving, o filme é um verdadeiro achado para quem se encantou pelo romantismo de "Amor e Inocência" (2007), mas sentiu nele a ausência de melhores expicações para o fato de uma mulher que tanto valorizou o amor, descrevendo-o em sua obra como a maior das realizações humanas, aquela que tem força para vencer tudo; acabou sozinha, de uma forma tão melancólica; em uma época e sociedade em que permanecer solteira tinha um peso enorme e significava uma verdadeira condenação social para uma mulher.

O roteiro, desenvolvido por Kevin Hood, foi baseado na correspondência entre Jane (Olivia Williams), sua irmã Cassandra (interpretada por Gretta Scacchi) e sua sobrinha Fanny (Imogen Potts) e mostra a escritora como uma mulher inteligente, que tem uma visão muito clara e crítica e por isso é muito bem resolvida, apesar de sofrer com as restrições que suas decisões significavam.

Mas as piores críticas partem da própria casa da autora, sua mãe interpretada por Phyllida Law, mostra-se um "poço de amarguras" sempre despejando suas frustrações sobre a filha, a quem acusa de ser a causa de tudo de ruim pelo que passa e passou a família.
Uma atitude que deixa clara para qualquer pessoa a razão das mães mostradas em seus livros serem, em geral, figuras tão negativas.

As diversas chances que Jane teve para casar-se são mostradas em flashback e entre elas, um relacionamento com o Reverendo Brook Bridges (Hugh Bonneville) chama atenção por ser o mais próximo do que poderia ter sido um casamento bem sucedido; mesmo assim, a autora deixa claro que não conseguiria abrir mão de suas obras para viver ao lado de ninguém, nem mesmo de seu grande amor. Gerações e gerações de ávidos leitores agradecem.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lua Nova - The Twilight Saga: New Moon (2009)



E finalmente aconteceu a estreia nos cinemas de Lua Nova, outro filme na lista dos mais aguardados do ano, chegou aos cinemas do mundo inteiro no dia 20/11; a adaptação para o cinema do segundo, de uma série de quatro livros que contam a história de amor entre um vampiro e uma adolescente humana.

A expectativa se refletiu diretamente nas bilheterias, o filme gerou só no final de semana de estreia 274,9 milhões de dólares no mundo inteiro, que embora tenha ficado longe dos 394 milhões do recordista Harry Potter e o Enigma do Príncipe, posicionou Lua Nova no sexto lugar na lista de maiores bilheterias de todos os tempos.

Se o segundo livro trata mais sobre a depressão que Bella (Kristen Stewart) enfrenta pela perda de seu grande amor Edward (Robert Pattinson), que deixa Forks com seu clã de vampiros, por sentir que sua presença é uma constante ameaça a vida de Bella; o roteiro adaptado por Melissa Rosenberg prefere colocar em primeiro plano o mais cinematográfico triângulo amoroso que se forma pela aproximação de Jacob Black (Taylor Lautner); o ombro amigo (e musculoso) que aparece no caminho da protagonista no momento em que o amado Edward resolve desaparecer de vez.

Mas existe um problema que Bella nem imagina, a lenda Quilauate que fala de uma tribo de índios com poder de enfrentar e destruir os vampiros, não é uma mera história, mas uma realidade e com o tempo, a garota se vê no meio e precisando escolher entre um vampiro e um lobisomem.

Outro detalhe que chama atenção da garota é que após meses de abandono, ela percebe que consegue rever Edward em condições que envolvem adrenalina e desta forma, Bella começa a procurar atividades perigosas, como pegar carona com motoqueiros desconhecidos, correr com sua própria moto e finalmente arremessar-se ao mar de penhascos, para desespero de Edward, com quem continua mentalmente conectada.

O diretor Chris Weitz, com seu trabalho muito mais associado ao universo da comédia consegue um resultado razoável quando contrapõe notas mais dramáticas, como a apropriada citação de "Romeo e Julieta" no início do filme, com boas piadas aqui e ali, que aliviam um pouco a mão e oferecem um respiro para a tensão crescente rumo ao final.

E se no primeiro filme os responsáveis pelo perigo eram vampiros errantes, neste, o clã organizado e milenar dos Volturi, considerados realeza entre os de sua espécie, se transformam em ameaça.

Ao achar que Bella está morta, Edward resolve jogar-se nas mãos deles, criando um problema ainda maior, já que o lider deles Aro (Michael Sheen) o obriga a uma decisão que ele jamais gostaria de tomar, mas que só virá a se materializar no terceiro filme da saga, já em produção: Eclipse, com estreia prevista para 30 de Junho de 2010.

domingo, 22 de novembro de 2009

Terror na Antártida (Whiteout - 2009)



Em uma base americana na Antártida, a equipe residente está prestes a embarcar de volta para casa, alguns para as férias de inverno, enquanto outros serão substituidos definitivamente por novos membros.

A policial federal Carrie Stetko (Kate Beckinsale), responsável por manter a ordem da base e o médico John Fury (Tom Skerritt), que cuida da saúde de todo mundo por lá; estão no time dos que não retornarão, apenas contando o tempo que falta para embarcar.

Mas é claro que os planos dos dois serão interrompidos; às vésperas do embarque, um grupo de geólogos desaparece e o corpo de um deles, encontrado em uma área distante da base, indica que houve um assassinato; o primeiro a acontecer no Continente Gelado.

Aos poucos e com muita dificuldade, Carrie vai juntando as peças em um ambiente cada vez mais inóspito, que piora a cada minuto, com a aproximação de grandes tempestades que podem acabar por manter toda a equipe presa na base, por todo o inverno, a mercê de um assassino.

Dirigido por Dominic Sena (60 Segundos), o filme mostra imagens deslumbrantes do continente gelado em uma área que se só pode ser descrita como um imenso deserto de gelo, com ventos de 160 km/h, nenhuma visibilidade e uma temperatura abaixo dos 80 graus negativos e esfriando.

Este ambiente hostil se revela como mais um inimigo a ser combatido e o filme traz imediatamente à memória o clássico do terror de John Carpenter "O Enigma do Outro Mundo" (82); em que os cientistas, acidentalmente, desenterram um monstro alíenigena que vai dizimando toda a população da base; mas no caso de "Terror na Antártida", o monstro é humano.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2012 - O espetáculo da destruição



Relacionado há algum tempo na lista dos filmes mais aguardados do ano em um ano em que não faltaram mega estreias, a superprodução 2012 chegou na última sexta-feira, com grande alarde, aos cinemas do mundo inteiro.

O resultado se refletiu nas bilheterias, até agora, com apenas 5 dias de exibição, o filme já rendeu 235 milhões de dólares, 74 milhões apenas no final de semana de estreia.

E se os trailers já adiantavam que o filme teria algo de grandioso, eles revelavam muito pouco do tamanho do espetáculo de destruição que estava por vir.

Essencialmente visual, o roteiro pode se revelar decepcionante, especialmente para quem esperava por maiores detalhes sobre a tal da Profecia Maia, que teria selecionado o ano de 2012, mais especificamente o dia 21/12, como o último da História da humanidade no Planeta.

O filme acompanha a história do geólogo americano Adrian Helmsley (Chiwetel Ejiofor) que descobre com colegas na Índia que uma estranha "tempestade solar" provocou o bombardeamento da Terra por Neutrinos, que por sua vez, estão causando um aquecimento anormal do núcleo do planeta.

Os governos das nações mais poderosas da Terra são avisados, mas mantem a situação em segredo, enquanto criam grandes naves onde embarcarão os chefes de estado, cientistas e quem puder pagar 1 bilhão de euros por sua passagem.

Logo chega 2012 e Jackson Curtis (John Cusack), um escritor que não faz muito sucesso e por isso, trabalha como motorista de limousine para um milionário russo, descobre que os terremotos que acontecem com cada vez maior frequencia são um problema realmente sério e decide escapar com a ex-esposa Kate (Amanda Peet) e os filhos, para tentar sobreviver ao caos que agora reina.

Roland Emerich, mais uma vez, coloca "fogo" em tudo e mesmo assim consgue construir uma história onde deixa bem claro quem são os mocinhos e quem são os bandidos e assim como em "Independence Day" (1996), os primeiros além de um "bom coração" têm aquela sorte que os faz escapar sempre por um triz de toda e qualquer situação, mesmo as mais desesperadoras.

Para sentar no cinema, com o maior pacote de pipoca possível e curtir o espetáculo visual, já que as quase 3 horas de filme não oferecem muito mais do que isso.

domingo, 8 de novembro de 2009

Prepare-se para os sustos de Atividade Paranormal



A ideia não é exatamente inédita, desde que "A Bruxa de Blair" (99) alimentou os sonhos dos diretores do cinema independente de conseguir emplacar um filme de baixíssimo orçamento e fazer alguns milhões de lucro, além de conseguir aquela visibilidade que dinheiro algum compra, mas que significa na prática a oportunidade de assumir projetos mais ambiciosos, e quem sabe, um espaço entre os grandes.

Atividade Paranormal custou apenas 15 mil dólares e até agora, com sua exibição apenas nos EUA já rendeu mais de 91 milhões de dólares, nada mal para Oren Peli, um diretor iniciante que com uma câmera na mão, filmou um script criado por ele mesmo, com meia dúzia de atores e pouquíssimos efeitos especiais.

A ideia era de dar a impressão de uma filmagem caseira e até mesmo os letreiros do início do filme estão lá com a única finalidade de reforçar a impressão de que o que vemos aconteceu de verdade.

O roteiro conta a história de um casal de San Diego que vem enfrentando um problema inusitado, todas as noites, quando dormem, são acordados por barulhos, passos, batidas e sons estranhos que sugerem a presença de mais alguém na casa, mas eles nunca encontram ninguém, nem nada que possa ser a origem da perturbação.

Micah (Micah Sloath), decide então comprar uma boa câmera para registrar e tentar descobrir o que está acontecendo, deixando-a ligada a noite toda no quarto.

A namorada, Katie (Kathie Feathersthon), que já viveu anteriormente problemas parecidos, não acha essa uma boa ideia e convida um médium (Mark Fredrichs) para dar uma olhada na casa e tentar solucionar o problema, mas ele se revela incapaz disso e ainda adverte os dois de que as coisas podem piorar muito se não procurarem a ajuda de um especialista.

Claro, que tudo vai piorando e piorando até um desfecho terrível.

Assustador em alguns momentos, o filme ganhou sua fama principalmente no "mouse-a-mouse" em um burburinho crescente criado na rede, o que levou uma exibição limitada a poucos cinemas do circuito alternativo, para o grande circuito, onde continua faturando alto.

Mas, sinceramente, não vá ao cinema esperando muito, senão irá se decepcionar.

Com estreia oficial no Brasil agendada para o dia 04 de Dezembro, o filme já está com algumas sessões de pré-estreia acontecendo em alguns cinemas.

sábado, 7 de novembro de 2009

Michael Jackson's This is It (This is It - 2009)



Ele ficou 10 anos longe dos palcos, mas já se preparava para voltar, Michael Jackson ensaiava aquela que seria a sua turnê de despedida.

Uma despedida em grande estilo, como todos sabem, "This is It" não chegou a acontecer e pelo que se vê no filme seria o maior e mais impressionante show que o artista faria em sua longa carreira que durou 45 anos.

O diretor do show Kenny Ortega filmou tudo, a preparação de cada número musical, com bailarinos, filmagens de background e todos os efeitos especiais que a tecnologia colocou a disposição do entretenimento, incluindo impressionantes técnicas de 3D.

O resultado é a sensação de que estamos vendo o show, claro que sem os figurinos e como todo ensaio, com Michael muitas vezes fazendo apenas a sugestão de sua incrível movimentação, mas para um bailarino como ele, só a sugestão do movimento já é suficiente para deixar as platéias extasiadas.

Falando em sugestão, cai também por terra a noção de que Michael tinha pouca participação no resultado final daquilo que nos acostumamos a ver nos palcos, sempre em um tom de voz doce, ele faz sugestões aos músicos, bailarinos, atores, diretor... enfim, tudo no show é resultado de sua visão e de seu conhecimento do mundo em que passou quase a vida inteira, o palco era o seu território.

E não há muito espaço no palco para vida pessoal, ou qualquer outro detalhe que ajude a compreender melhor o personagem, aquele que havia conquistado com suas muitas excentricidades, um espaço permanente em todos os tablóides sensacionalistas do mundo.

Mas não é ele que sobe ao palco, como se tivesse uma segunda personalidade, o homem quieto e tímido com apenas um fiapo de voz quando conversa com os membros de sua equipe, se torna um monstro e mesmo quando apenas sugere os movimentos que faria, não há como deixar de olhar para ele.

O registro de Kenny Ortega, que provavelmente seria usado como extra no DVD oficial do show remonta habilmente cada uma das canções com versões de dois ou três ensaios diferentes.

Também é muito interessante ver as filmagens que fariam parte do cenário, como em "Smooth Criminal", em que Michael contracena com Rita Hayworth em Gilda e foge de bandidos liderados por Humphrey Bogart e, é claro, o remake do video clipe de "Thriller" executado parte em vídeo 3D, parte no palco, com direito a famosa coreografia com os zumbis, são pequenas amostras daquilo que deixaria no público pronto para ir até Londres, com a certeza absoluta de ter presenciado o maior espetáculo da terra.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Produtora de Hollywood quer filmar história que ainda não terminou

Depois da crise econômica, as produtoras de cinema parecem estar tentando recuperar o tempo perdido. A Mandalay Pictures comprou os direitos de uma história que ainda nem está concluída.

A ficção científica "Machine Man", está sendo escrita online por Max Barry e só será publicada em livro em 2011 pela Vantage Books.

O futuro livro conta a história de um engenheiro cansado de viver uma vida comum, como um homem normal e que ninguém nota, quando tem a ideia de fazer melhorias no próprio corpo e ao invés de ir até a academia, como as pessoas comuns fazem, resolve o problema substituindo partes de seu corpo por próteses construidas em titânio, por ele mesmo.

O mais interessante é que "Machine Man" é um experimento literário de Barry, está sendo revelado aos leitores, uma página por dia e costuma aceitar as sugestões que recebe, isso significa que é provavel que ninguém, nem a própria Madalay, sabe como a história termina.

O filme já tem produtores Peter Guber e Cathy Schulman , mas nem diretor, nem elenco foram definidos.

Segundo Schulman, que já está desenvolvendo o projeto, Barry "é uma das vozes mais inovadoras da ficção de hoje. Max escreveu uma história que deve agradar muito aos "web geeks" e a todo mundo que curte um suspense."

Aliás, a obra de Barry está se provando bastante "cinematográfica", "Company" foi adquirido recentemente pela Universal que está preparando sua adaptação para as telas ao lado da produtora Shady Acres e "Jennifer Government" já está nas mãos da Warner, em um filme que já tem o envolvimento de George Clooney e do diretor Steven Sodebergh.

Se você, como eu, ficou curioso com o livro, escrito online, pode conferi-lo no site http://maxbarry.com/machineman/

PS: E por falar em livros que são desenvolvidos aos poucos online, estou escrevendo um destes, o segundo, em meu outro blog Contos do Jardim Secreto.
A Chave, é uma história de amor com toques de Alquimia, que mostra ainda o lado "mágico" da nossa vida diária.
Também ainda não está concluída, mas terá mais um capítulo postado ainda nesta semana, confiram!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Oscar 2010 já tem apresentadores


Depois do impasse provocado pelo aviso do ator Hugh Jackman de que não assumiria a apresentação da premiação da Academia em 2010, os organizadores tiveram uma grande dificuldade para encontrar substitutos.

Tudo porque o "papel" de apresentador, além da visibilidade que ele proporciona, afinal a cerimônia é retransmitida pela TV para cerca de 90 países, mas viu sua audiência "despencar" consideravelmente nos últimos anos, fato que tem preocupado muito seus organizadores.

Além disso, o apresentador sempre acaba muito criticado, o que provavelmente levou atores como Robert Downey Jr e Ben Stiller recusarem o convite feito pela Academia na semana passada.

Mas hoje o problema foi resolvido, Steve Martin e Alec Baldwin serão os apresentadores da 82ª edição da premiação que deve acontecer em Fevereiro de 2010, em uma data ainda não definida pela organização.

É a primeira vez desde 1987 que a cerimônia terá mais de um apresentador e também pela primeira vez haverá 10 candidatos ao prêmio de melhor filme.

Desta forma, Hollywood pretende aumentar o interesse do público e retomar a antiga glória de sua mais famosa noite de gala.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coco antes de Chanel (Coco avant Chanel - 2009)



Uma figura emblemática e talvez a mais importante da moda no século XX, Coco Chanel já teve sua vida visitada pelo cinema notadamente, no ano passado com o filme feito para a TV "Coco Chanel", com Shirley MacLaine, no papel da estilista.

Mas desta vez, trata-se de uma produção francesa, dirigido por Anne Fontaine e com Audrey Tautou e seu sucesso internacional, ajudando a dar uma cara mais internacional ao filme, já que a atriz francesa despontou como estrela para o restante do mundo em dois grandes sucessos "Amélie Poulain"(2001) e "O Código da Vinci" (2006).

Mas a história da retratada ajuda muito, de criança abandonada em um orfanato de freiras no interior da França, a jovem Gabrielle Chanel, ganha seu apelido quando ao lado da irmã Adrienne (Marie Gillain), se apresenta em cabarés, durante à noite, cantando a canção "Qui qu’a vu Coco dans l’Trocadéro?", com uma letra divertida que faz menção a um cãozinho perdido.

Durante o dia, Gabrielle trabalha como costureira, também ao lado da irmã fazendo ajustes nas roupas em uma oficina de costura.

Mas é no cabaré que Gabrielle conhece o milionário Étienne Balsan (Benoît Poelvoorde) e o encanta com sua personalidade forte. Nasce ali um relacionamento que levará Chanel a conviver com homens ricos, atrizes e cortesãs, em um mundo que até então ela não conhecia.

Coco Chanel jamais admitiu suas origens pobres, mentindo que era filha de milionários que desapareceram a caminho da América.

É no convivio com Balsan que ela conhece Arthur Capel (Alessandro Nivola), um playboy britânico por quem a estilista se apaixona e que enxerga na garota de olhos e atitudes intensos todo seu potencial, incentivando-a a ir para Paris atrás de seus sonhos.

Mulher moderna, ela ajuda a moda feminina a dar um salto considerável, libertando a mulher de espartilhos, chapéus gigantes e todos os tipos de excessos tão comuns no final do sec XIX.

Audrey captou tão bem a personagem que será difícil vê-la de agora em diante sem lembrar da estilista.

Muito bem ambientado na França do início do século XX, o filme reconta com muita propriedade o início da história de uma das razões da moda francesa ter chegado aonde chegou e não será nenhuma surpresa vê-lo na lista de candidatos a melhor filme estrangeiro na premiação do Oscar deste ano.

domingo, 1 de novembro de 2009

Te Amarei Para Sempre - The Time Traveler's Wife (2009)



A viagem no tempo é um tema mais ou menos recorrente no cinema, mas romances são matéria rotineira e Hollywood jamais deixaria passar uma história onde os dois estão intrinsicamente entrelaçados como no livro homônimo de Audrey Niffenegger.

Assim como em "Algum Lugar do Passado", o amor tem o tempo como inimigo, Henry (Eric Bana), é um bibliotecário com um estranho problema genético, em condições não muito bem explicadas, ele se transporta no tempo, reaparecendo completamente nú em algum momento relacionado à sua própria vida no passado ou no futuro.

Nestas voltas, Henry acaba aprendendo que não tem como mudar ou interferir nos acontecimentos do passado. Sua primeira viagem no tempo acontece na infância e graças a ela, ele sobrevive ao terrível acidente de carro que mata sua mãe (Michelle Nolden), uma cantora lírica pouco conhecida.

As viagens são completamente incontroláveis, mesmo assim, Henry tenta algumas vezes salvar a vida da mãe, mas acaba percebendo que por mais que se esforce, é impossível para ele mudar os acontecimentos do passado.

Em uma destas viagens, quando está com 36 anos, ele conhece Clare (Rachel McAdams), uma garotinha de apenas 6 anos que encantada com as histórias do viajante, passa a infância esperando pelas visitas constantes do amigo misterioso, enquanto espera ansiosamente pelo dia em que poderá encontrá-lo em igualdade de condições para finalmente poder viver ao lado dele.

E este encontro acontece na biblioteca em que Henry trabalha, onde ele é surpreendido pela garota, em um momento no tempo em que ele ainda não sabe de sua existência; parece confuso, mas faz sentido dentro das idas e vindas de Henry.

Mesmo nesse vai e vem, o romance se desenvolve, já que Clare esperou pela vida inteira para estar com Henry e ela tem toda a paciência do mundo para vê-lo desaparecendo e ressurgindo em momentos chave da vida de ambos e muitas vezes sentindo-se solitária e sem apoio.

Dirigido pelo diretor alemão Robert Schwentke, o filme é uma razoável adaptação do livro que o inspirou, sem vários dos seus questionamentos, é claro, mas mesmo assim, uma bela história de amor e paciência para esperar que ele finalmente possa acontecer.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Filmes para curtir no Halloween


Amanhã é Halloween, o dia em que segundo a tradição americana, os mortos caminham entre os vivos. Uma festa antes exclusiva dos americanos, têm crescido ano a ano em importância entre os brasileiros.

Nada melhor então do que aproveitar o final de semana prolongado para aproveitar o clima e curtir um bom filme de terror em DVD.

Preparei então uma lista com meus 20 favoritos. Claro que os clássicos do gênero têm um espaço maior nesta lista, mas dei preferência aos filmes que são antes de tudo fáceis de encontrar por aí, nas locadoras, já que as distribuidoras brasileiras parecem não ter muita disposição de colocar no mercado muita coisa interessante que chegou a sair em VHS, mas nunca foi lançado em DVD.


1- O Iluminado (The Shining, 1980)
2- O Exorcista (The Exorcist, 1973)
3- O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968)
4- A Profecia (The Omen, 1976)
5- Drácula de Bram Stocker (Bram Stoker's Dracula, 1992)
6- Nosferatu (Nosferatu, Eine Symphonie Des Gravens, 1922)
7- Coração Satânico (Angel Heart, 1987)
8- Poltergeist, O Fenômeno (Poltergeist, 1982)
9- A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984)
10- Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, 1981)
11- A Hora do Espanto (Fright Night, 1985)
12- Carrie, a Estranha (Carrie, 1976)
13- Os Outros (The Others, 2001)
14- Vampiros de Almas (Invasion of The Body Snatchers, 1956)
15- Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1989)
16- Do Inferno (From Hell, 2001)
17- Os Pássaros (The Birds, 1963)
18- O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999)
19- Os Garotos Perdidos (The Lost Boys, 1987)
20- A Sentinela dos Malditos (The Sentinel, 1977)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Substitutos (Surrogates - 2009)



No futuro, a realidade virtual tem um novo aspecto, mais físico, por assim dizer.

Depois da criação de robôs perfeitos, que são identicos a seres humanos, os humanos nem saem mais de casa.

Controlados à distância, estes robôs passam a ser o "corpo" destes humanos e fazem por estes humanos todo o trabalho, sem ficarem cansados ou envelhecerem.

Mas mesmo em uma sociedade onde todo mundo passa o dia todo, deitado, de pijamas, ainda podem existir problemas.

É o que descobre o agente do FBI Harvey Greer (Bruce Willis), quando é chamado para investigar um crime cometido contra o robô de um estudante universitário, que ao ser destruído, também destruiu seu dono, exatamente o filho do cientista que criou aquela geração de robôs.

As investigações do crime levam Greer a uma comunidade que resiste a novidade e proíbe a entrada de robôs.

Esta adaptação de um HQ homônimo levanta algumas questões importantes sobre a desumanização da sociedade e ao mesmo tempo é um ótimo passatempo, que funciona como um bom filme de investigação policial.

Mas não é só isso, a direção de Johnathan Mostow, que tem vasta experiência em filmes de ação que envolvem muitos efeitos especiais, como "O Exterminador do Futuro 3" (2003), garante que "Substitutos" também tenha sua porção farta de cenas de ação eletrizantes.

domingo, 18 de outubro de 2009

Filme bom a caminho...

Com direção de Robert Redford, um novo filme, que começa a ser rodado nesta semana, promete jogar um pouco de luz sobre a história do assassinato do presidente Abraham Lincoln.

A história de "The Conspirator" se foca no que aconteceu após a morte do presidente, assassinado por John Wilkes Booth, mostrando Mary Surratt, a única mulher envolvida no crime, era dona de uma pensão e foi parar nos tribunais e acusada ao lado de seu filho, de fornecer armas aos conspiradores.

Frederick Aiken, um advogado idealista, herói da Guerra Civil, luta para provar a inocência de Surratt.
No elenco estão James McAvoy, Robin Wright Penn, Tom Wilkinson, Evan Rachel Wood, Kevin Kline e Alexis Bledel. O roteiro é de James Salomon.

Me parece uma história interessante, enquanto esperamos mais um pouco pela biografia de Lincoln prometida por Spielberg, estrelada por Liam Neeson.

domingo, 4 de outubro de 2009

Falando Grego (My Life in Ruins - 2009)



Em 2002, a atriz Nia Vardalos apareceu para um grande público através de uma pequena e divertida produção chamada "Casamento Grego"; de lá para cá a atriz canadense, de origem grega, andou fora das telas, sem nenhum grande projeto em vista.

Mas em 2009, ela resolveu voltar com tudo, escreveu, atuou e dirigiu a comédia romântica "Eu Odeio o Dia dos Namorados", onde voltou a contracenar com John Corbett, o galã de "Casamento Grego" e logo a seguir, partiu para a Grécia, para um projeto feito na medida para quem sabe, reviver um pouco de seu maior sucesso.

E este projeto é "Falando Grego", onde Nia é Georgia, uma professora de história americana, mas descendente de gregos, que trabalha como guia turística na Grécia, enquanto espera por uma boa proposta para ensinar em uma universidade americana.

Mas se nem ela valoriza seu trabalho, o que dirá de sua chefe que dá preferência a Nico (Alistair McGowan), o outro guia da empresa, reservando para Georgia sempre o pior ônibus e o grupo de turistas mais complicado.

Assim, ela parte para a estrada com um estranho grupo de americanos, ingleses e europeus, que não dão a mínima pela história da civilização grega, mas tem um apetite insaciável por compras de souvenirs de gosto discutível e uma vontade irresistível de arrumar confusão.

Mas nem todos são tão ruins, Irv (Richard Dreyfuss) um velhinho metido a engraçado, resolve ajudá-la a enfrentar a quase impossível tarefa e aos poucos Georgia vai percebendo que aquele trabalho pode também trazer de volta seu kefi, a palavra grega para alegria de viver.

Dirigido por Donald Petrie, o filme é um agradável passatempo que recebeu muitas críticas ruins, mas não deixa de ser uma ótima opção para quem quer dar algumas boas risadas e maravilhar-se com um visual que é deslumbrante. Ah! E por falar em visual, o do ator grego Alexis Georgoulis também não é nada mal.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Trailer do novo Freddy Krueger já está na rede



Comentei por aqui em um post no mês de abril, que a New Line estava disposta a trazer o bom e velho Freddy Krueger de volta para assustar as novas gerações e finalmente, o filme já está sendo produzido e chega aos cinemas no dia 30/04/2010.

Assim como o remake de "Sexta-Feira 13", o nova versão de "A Hora do Pesadelo" foi produzido por Michael Bay e como este, segue o mesmo roteiro da história original mostrando a origem do personagem, um "serial killer", morto pela população, que volta e se vinga entrando nos sonhos dos adolescentes para matá-los.

O papel de Krueger, representado por Robert Englund na franquia original, estará nas mãos de Jackie Earle Haley. O filme se encontra no momento em fase de pós-produção e seu primeiro trailer já está na rede.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Órfã (Orphan - 2009)



A Órfã é um filme de terror que já começa com um pesadelo terrível que tem uma maternidade como cenário; mas o pior ainda está por vir.

O pesadelo de Kate Coleman (Vera Farmiga) já dá uma pista sobre o tipo de sofrimento pelo qual ela e sua família passaram, a perda de um bebê no momento de seu nascimento, serve como gota d'água em um relacionamento familiar já bastante abalado por inúmeros outros pesadelos.

A solução? Adoter uma criança em um orfanato católico, numa tentativa de compensar tudo o que a família perdeu.
Kate e John (Peter Sarsgaard) então passeiam pela intituição e encontram Esther (Isabelle Fuhrman), quietinha em uma sala de aula, fazendo belos desenhos, a criança parece ser exatamente aquilo que os dois procuram: uma russa de 9 anos, demonstrando um comportamento exemplar e até uma inteligência acima da média.

Os outros dois filhos de Kate, Danny (Jimmy Bennett) e Max (Aryana Engineer), embora incomodados pela presença da garota, não se opõe, mas são os primeiros a perceber que os pais trouxeram para casa muito mais do que um novo problema.

A pequena Esther mostra aos poucos que não é só uma garotinha estranha com um gosto esquisito para vestir-se, mas uma perigosa psicopata que não hesita para matar qualquer pessoa que se coloca em seu caminho; contra ela, só o instinto materno de Kate, que mesmo "enterrado" sob os dramas vividos anteriormente acende o alarme.

Dirigido por Jaume Collet-Serra, que já tem o remake de "A Casa de Cera" em seu currículo, "A Órfã" é um bom terror com uma característica cada vez mais rara no gênero, um certo aprofundamento psicológico dos personagens.

Mas seu trunfo maior é a interpretação de Isabelle Fuhrman, que aos 12 anos constrói sua "pequena" assassina psicopata com tal brilhantismo que torna difícil ao espectador olhar novamente para as pobres "criancinhas órfãs", sem que um justificável arrepio de medo percorra a espinha.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas




O seriado de TV deixou saudades, bem escrito e muito bem encenado, em suas 3 temporadas (2001 a 2003), era um programa de TV bem acima da média, engraçado, inteligente e merecidamente premiado por sua qualidade.

Mas como tudo o que é bom, acabou saindo do ar em 2003, mesmo ano em que chegava aos cinemas um filme baseado na série, dirigido por José Alvarenga Jr e roteirizado por Jorge Furtado, Alexandre Machado e Fernanda Young. O filme fez sucesso nos cinemas, obtendo uma das melhores bilheterias daquele ano.

Nunca mais se ouviu falar do seriado e aparentemente ele havia se transformado em uma boa lembrança até que em 2009, a mesma equipe se reuniu mais uma vez para revisitar o universo pra lá de amalucado do casal Rui (Luis Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres).

O resultado é "Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas", o relacionamento do casal está ficando sem graça e Vani percebe que alguma atitude é necessária, então ela avisa Rui de que desta vez ela topa participar de um "ménage à trois" com a finalidade de apimentar a relação, mas em se tratando destes dois isso só poderia significar uma confusão interminável.

Com uma longa lista de globais no elenco como Claudia Raia, Drica Morais, Danielle Winits, Dani Suzuki e Aline Moraes para suprir uma certa falta de recursos de produção; os dois vão tentando conseguir alguém que concorde participar do tal programa a três e as situações mais malucas possíveis vão se sucedendo.

As piadas são razoáveis, o visual e o clima são muito próximos ao do seriado de TV e a própria duração do filme, de apenas 75 minutos contribuem para a percepção de que tudo passa muito rápido.

Está bem longe de ser uma obra-prima do cinema nacional, mas também não tem essa pretensão, faz rir e muito e, às vezes, é só isso o que importa.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ministério da Cultura divulga candidatos brasileiros ao Oscar


Para os filmes brasileiros, a corrida ao Oscar 2010 começa ainda neste mês. Uma pré-seleção de 10 filmes, escolhidos em um total de 108 que foram exibidos nos cinemas brasileiros durante o primeiro semestre de 2009, disputam uma indicação para o prêmio.

A escolha será feita por uma Comissão Especial de Seleção formada por críticos, pesquisadores, distribuidores e cineastas. O filme que efetivamente representará o Brasil na categoria Melhor Filme Estrangeiro será anunciado no dia 18/09.


1 - Budapeste (Walter Carvalho)
2 - O Contador de Histórias (Luiz Villaça)
3 - Feliz Natal (Selton Mello)
4 - A Festa da Menina Morta (Matheus Nachtergaele)
5 - Jean Charles (Henrique Goldman)
6 - Síndrome de Pinnochio – Refluxo (Thiago Moyses)
7 - O Menino da Porteira (Jeremias Moreira)
8 - Se Nada Mais Der Certo (José Eduardo Belmonte)
9 - Salve Geral (Sérgio Rezende)
10 - Besouro (João Daniel Tikhomiroff)

Uma Prova de Amor (My Sister’s Keeper - 2009)




O casal Sara e Brian Fitzgerald (Cameron Diaz e Jason Patric) descobre que sua filha mais nova Kate, de apenas 3 anos, está com leucemia. A conselho dos médicos, eles resolvem ter então mais um bebê.

Mas desta vez, esta terceira criança é planejada para ter geneticamente uma grande compatibilidade com a irmã doente e assim, servir como doadora de medula óssea, sangue, células tronco e o que mais for necessário para que Kate possa recuperar-se da doença.

Mas ao chegar aos 11 anos de idade, Anna (Abigail Breslin) já está cansada da rotina de procedimentos médicos a que tem que se submeter nas inúmeras tentativas para salvar a vida da irmã e por isso, procura por um advogado famoso da TV (Alec Baldwin) para ajudá-la a ganhar o direito de deixar de colaborar.

A decisão de Anna choca sobretudo sua mãe, que advogada, abandonou a carreira para cuidar da filha doente e a retoma somente para combater a própria filha nos tribunais. O conflito traz a tona acusações de todos os tipos e quase destrói completamente a família.

Por sua vez, Kate, interpretada pela ótima Sofia Vassilieva, da série Médium, vai chegando à adolescência entre períodos de remissão e recaídas, começa a descobrir o amor ao lado de Taylor (Thomas Dekker), um outro adolescente também lutando contra a leucemia.

Dirigido por Nick Cassavetes, o filme baseado em livro homônimo de Jodi Picoult vai além dos aspectos de drama e sofrimento humano, procura também um espaço para iniciar o debate dos aspectos éticos que envolvem os novos recursos colocados ao alcance da ciência na tentativa de vencer a morte e prorrogar a vida a qualquer custo.

domingo, 6 de setembro de 2009

Premonição 4 lidera as bilheterias nos EUA




O quarto filme da franquia de terror Premonição, anda "arrebentando" nas bilheterias americanas, duas semanas após sua estreia, o novo filme, em 3D, já rendeu mais de 47 milhões de dólares durante os últimos 10 dias em que esteve em cartaz.
Um detalhe interessante é que o filme deve lucrar mais ainda neste final de semana, já que a próxima segunda-feira é feriado (Dia do Trabalho).

O filme segue a mesma fórmula dos anteriores da franquia, com mortes terríveis encenadas através da utilização de efeitos especiais de ponta. Desta vez o palco da tragédia é um autódromo, onde um acidente gigantesco mata centenas de pessoas.

O filme é dirigido por David R. Ellis e tem em seu elenco Bobby Campo, Shantel VanSanten, Lori Milligan, Nick Zano, Haley Webb, Mykelti Williamson e Krista Allen, entre outros.

"Premonição 4" chega aos cinemas brasileiros no dia 27 de Novembro.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Jennifer Aniston estrela drama romântico



Parece que Jennifer Aniston não quer deixar que os fãs de Friends sintam saudades dela. Depois do sucesso de "Marley e Eu", a atriz será presença constante nas telas de cinema. Ela está envolvida em pelo menos sete novos projetos, três novas produções já em fase de filmagens e deve voltar a entrar em cartaz ainda em Setembro nos cinemas brasileiros com a comédia "Manegement" de 2008.

Depois, em março de 2010, ela retorna ao lado do ator Aaron Eckhart no romântico "Love Happens"; que conta a história de um escritor de livros de auto-ajuda viúvo, que dá palestras sobre aceitação e superação das perdas, mas que na verdade ainda não conseguiu superar a morte da esposa.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Amantes (Two Lovers - 2008)



A primeira impressão que se tem de Leonard (Joaquin Phoenix) é a de que é um homem estranho, sem ambição, ainda vivendo com os pais e trabalhando na lavanderia da família e logo no início do filme, presenciamos sua patética tentativa de suicídio.

Até os dias cinzentos de Nova York contribuem para reforçar a sensação de que o personagem está tão no fundo do poço, que nem a morte o quer; mas as coisas mudam completamente quando Leonard descobre uma nova vizinha em seu prédio, Michelle (Gwyneth Paltrow) parece ser o estímulo que ele esperava para sair de sua longa crise de depressão.

Como se não bastasse, ele ainda conhece Sandra (Vinessa Shaw), filha de um casal de amigos de sua família, a garota tem o total apoio da mãe de Leonard (Isabella Rossellini) para investir em um possível romance.

Mas para Leonard as coisas nunca são tão fáceis assim, e ele consegue se apaixonar por Sandra, mas também nutre um amor impossível por Michelle, que para complicar ainda mais a situação o arrasta para seu redemoinho pessoal que envolve problemas com drogas, álcool e um caso com um homem casado e rico.

Dirigido e roterizado por James Gray, "Amantes" é baseado livremente no conto "Noites Brancas" de Dostoiévski, em que um personagem sonhador torna-se obcecado por uma mulher que nutre por ele uma amizade platônica.

As ótimas ambientação e fotografia criam o belo pano de fundo que emoldura o show de interpretação de Joaquin Phoenix; velho conhecido do diretor com quem já havia feito Caminho Sem Volta (2000) e Os Donos da Noite (2007).

Além disso, os precisos retratos de personagens de Nova York remetem imediatamente à melhor fase de Woody Allen e seu enorme talento para encontrar o elemento humano por trás da paisagem de concreto.

Segundo Gray, Leonard foi escrito especialmente para Phoenix, que oferece, naquele que considera seu último filme, a sua melhor performance como um homem dividido e torturado.

"Amantes" deixa bem claro que a decisão de Joaquin Phoenix de aposentar-se das telas para talvez perseguir uma carreira na música é mesmo um desperdício. Tomara que mude de ideia.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Jimi Hendrix nas telonas



Woodstock fez 40 anos e nada mais icônico, dentro deste festival, do que a imagem do guitarrista Jimi Hendrix tocando em sua guitarra o "Star-Spangled Banner", o hino nacional americano, naquele momento em que uma enorme multidão se reunia para três dias de celebração da paz.

Uma imagem que pode se repetir nas telas de cinema, segundo a revista Variety, os estúdios Legendary preparam um filme sobre Hendrix e desta vez apostam que conseguirão o sinal verde necessário por parte de seus herdeiros para que a produção finalmente aconteça.

Não é a primeira vez que este projeto surge em uma produtora de cinema, Lenny Kravitz e Andre Benjamin (Outkast) já foram considerados para interpretar Hendrix, mas as dificuldades de negociar com Janie Hendrix, irmã do guitarrista, acabaram por inviabilizar os projetos.

Envolvidos nesta nova tentativa estão os produtores Bill Gerber e Thomas Tull. O roteiro está nas mãos de Max Borenstein.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Se Beber, não Case! (The Hangover 2009)



É difícil explicar o sucesso de bilheteria de "Se Beber, não Case", que já faturou mais de 400 milhões de dólares ao redor do mundo desde sua estreia, em junho.
Mas, talvez, o segredo seja o mesmo que explica o crescimento de um estilo cinematográfico nos últimos tempos, o das comédias politicamente incorretas.

Um grupo de quatro amigos decide passar uma noite de "vale-tudo" em Las Vegas, comemorando a despedida de solteiro de Doug (Justin Bartha), na véspera do casamento. Mas a bebedeira vai longe demais e a cena que Alan (Zach Galifianakis), Phil (Bradley Cooper) e Stu (Ed Helms) observam, quando abrem os olhos na manhã seguinte chega a ser surreal, mas nenhum deles consegue lembrar-se de nada do que aconteceu naquela noite. E pior do que isso, Doug desapareceu.

Cabe agora aos três amigos tentarem descobrir o que aconteceu, para que o noivo possa voltar a tempo para casar-se. Cheio de reviravoltas e situações completamente malucas como encontrar um bebê dentro do armário e um tigre no banheiro; "Se Beber, não Case" é o tipo do filme que será um tanto mais divertido, quanto menos o levarmos a sério.

O diretor Todd Phillips que tem "Starsky & Hutch" (2004) e "Eurotrip" (2000) no currículo escolheu deixar as convenções de lado e fazer um filme no melhor estilo dos Farrelly Brothers, com direito até a uma participação especial do Mike Tyson, interpretando ele mesmo.

E pensar que na década de 80, um filme chamado "Despedida de Solteiro" (84), estrelado por Tom Hanks chocava as pessoas por mostrar um burrinho morrendo de overdose de drogas, após a tal festa sair completamente do controle... é, ainda não tinhamos visto nada.

"Se Beber, não Case!" chega aos cinemas brasileiros no dia 21/08.

sábado, 15 de agosto de 2009

Os Normais 2



Eles voltaram! Depois de um longo intervalo de 6 anos desde a estreia do primeiro episódio da franquia "Os Normais"(2003), Rui (Luís Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) resolveram retornar aos cinemas com uma nova confusão: "Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas" tem estreia marcada para o dia 28/08 em todo Brasil.

Em crise, após 13 anos de noivado, o casal resolve apimentar a relação tentando colocar em prática uma antiga fantasia dos dois: um ménage à trois. É claro que em se tratando desse dois malucos tudo termina em muita confusão e as gargalhadas são certas!

Dirigido por José Alvarenga Jr, o filme tem no elenco Danielle Winits, Drica Moraes, Cláudia Raia, Daniele Suzuki, Mayana Neiva, Alinne Moraes e Daniel Dantas.

Imperdível!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Marido por Acaso (The Accidental Husband, 2008)



Emma Lloyd (Uma Thurman) trabalha em uma rádio oferecendo conselhos sentimentais que via de regra, são muito mais chamadas para uma vida amorosa desprovida de qualquer ilusão, ou romantismo.

Desta forma, acaba aconselhando Sofia (Justina Machado) a desistir de seu casamento marcado com o bombeiro Patrick Sullivan (Jeffrey Dean Morgan).

Patrick não aceita pacificamente a decisão de sua noiva e resolve que a tal da conselheira sentimental deve pagar por seus erros e com a ajuda de Ajay (Jeffrey Tedmori), um jovem nerd indiano, registra legalmente uma certidão de casamento com Emma, via internet.

O problema é que ela está com o casamento marcado com seu editor Richard Bratton (Colin Firth), um homem charmoso, mas extremamente tradicional.

Agradável e divertido, o filme ganha em interesse em pequenos detalhes, como a participação especial da estrela Isabella Rossellini e do ótimo comediante de origem indiana Ajay Naidu, que rouba todas as cenas em que aparece.

Dirigido pelo também ator Griffin Dunne, "Marido por Acaso" é uma simpática comédia romântica, previsível como a grande maioria do gênero, mas mesmo assim, um boa opção de entretenimento.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Efeito Borboleta: Revelação (The Butterfly Effect 3: Revelation - 2008)



A franquia de ficção científica chega aos seu terceiro filme. A ideia é novamente a de mostrar alguém que consegue viajar no tempo e desta forma interferir no passado para obter resultados diferentes no presente.

Sam Reed (Chris Carmack) descobre que tem essa capacidade e a usa para ajudar o FBI a decifrar crimes complicados, identificando assassinos.

Suas ações são muito bem planejadas e controladas, para que não interfira nas cenas que presencia, mas ele encontra uma oportunidade de salvar sua namorada assassinada há cinco anos, depois de descobrir novas provas que podem inocentar o homem que foi condenado pelo crime.

Claro que sua ação acaba se revelando desastrosa e não só não consegue salvar a namorada como sua interferência acaba criando uma realidade alternativa ainda mais perigosa e complicada já que ela resulta no aparecimento de um terrível serial killer.

A boa ideia que iniciou a franquia, de alguém com a capacidade de modificar o passado é bem aproveitada por aqui, criando um suspense razoável, onde a exemplo do primeiro filme, estrelado por Ashton Kutcher, cada nova interferência acaba criando novos problemas.

Além do mais, para o público feminino, a presença na tela do galã Carmack pode servir como um estímulo extra.

As inúmeras viradas na trama, bem como o final eletrizante fazem do filme uma boa alternativa para este final de semana chuvoso que se anuncia.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A Mulher Invisível (2009)



O cinema brasileiro descobriu que pode ser leve e divertido, no mesmo pique das comédias românticas americanas e sem qualquer pretensão à obra-prima, este "A Mulher Invisível" está na medida certa para agradar o gosto de todos os públicos.

Pedro (Selton Mello) é antes de tudo um homem romântico, apaixonado pela mulher (Maria Luiza Mendonça), ele parece muito feliz, até descobrir a verdade: ela está grávida gêmeos e o pai não é ele.

Desiludido, ele abandona o emprego e cai no fundo do poço, até que Amanda (Luana Piovani), uma nova vizinha, bate em sua porta pedindo uma xícara de açúcar.

A sua vida então muda, Pedro recupera a auto-estima e estaria vivendo um final feliz se não fosse um pequeno detalhe: a tal vizinha só existe em sua imaginação.

Claro que tudo se complica muito antes de se resolver de verdade e aí alguns personagens reais, como seu amigo Carlos (Wladmir Brichta) e sua vizinha Vitória(Maria Manoella), eternamente apaixonada por Pedro, contribuem para aumentar a confusão.

Também não tem como deixar de notar a sempre ótima Fernanda Torres impagável como Lúcia, a irmã e uma espécie de "consciência" de Vitória, dando palpite o tempo inteiro na vida amorosa da irmã.

A opção do diretor Claudio Torres foi a de fazer um filme divertido, acessível a todos; e talvez seja esse seja seu maior trunfo, isso significa bilheterias bem acima da média para o padrão dos filmes nacionais e uma performance aqui no Brasil, de maior sucesso do que de muitos blockbusters internacionais.

Duplicidade (Duplicity - 2009)



As tramas da Guerra Fria que moviam o clássico gênero filme de espionagem mudaram consideravelmente nesse nosso mundo globalizado e se transferiram em parte para o ambiente corporativo e os grandes conflitos que elas retratavam passaram a existir apenas no âmbito da competição pelo sucesso comercial.

Claire (Julia Roberts) trabalha para a CIA e Ray (Clive Owen) para o MI6, sua versão britânica, os dois se conhecem em uma missão, se aproximam, mas no mundo da espionagem, não dá para confiar em ninguém e Claire consegue levar um dos arquivos secretos de Ray, que fica em maus lençóis após isso.

Cinco anos depois, os dois abandonaram as agências oficiais e caíram no mundo corporativo, Ray cuida da segurança anti-espionagem da empresa Equikrsom, um trabalho que se mostrará um pouco complicado, já que os competidores diretos desta empresa, a Burkett & Randle contrataram Claire como consultora.

O interessante de Duplicidade é que nunca se tem certeza se os dois estão juntos ou não nas tramas que aparentemente combinam; as viradas na trama, os flashbacks e outros detalhes tornam o filme um pouco complicado à primeira vista.

Como os personagens centrais, também os espectadores podem sentir-se perdidos, mas no "conjunto da obra", o fino humor, as surpresas e especialmente a presença dos atores Tom Wilkinson e Paul Giamatti, nos papéis de presidentes das empresas rivais, fazem de Duplicidade uma boa diversão.

Mais um ponto para a carreira de seu diretor/roteirista Tony Gilroy, responsável pelos também excelentes Conduta de Risco (2007) (diretor/roteirista) e Intrigas de Estado (2009) (roteirista).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Freud Além da Alma (Freud: The Secret Passion - 62)

Encontrei uma verdadeira pérola do cinema por acaso e pesquisando um pouco mais tarde, descobri que ela se encontra refém há muito tempo dos chamados canais pagos e indisponível tanto em sua versão VHS quanto em DVD, uma pena, já que "Freud, Além da Alma" (1962) é um daqueles filmes obrigatórios para quem tem um mínimo interesse em psicanálise.

Filmado em preto e branco, "Freud, Além da Alma" foge bastante dos padrões das cinebiografias por não fixar-se na história do personagem, mas por acompanhar o início de sua carreira e a base da formulação de suas teorias, que acabaria gerando anos mais tarde, a própria psicanálise.

Sigmund Freud era antes de tudo médico e após passar alguns anos clinicando, começa a ter um maior interesse no estudo da histeria, uma manifestação que na época não era levada muito a sério por seus colegas, que encaravam a doença quase como uma fraude, uma tentativa desesperada de obter atenção ou livrar-se das obrigações.

Mas seus estudos, inclusive como aluno do Dr Charcot, em Paris, o levam a novas, e surpreendentes conclusões, que na época serviram para que toda a comunidade médica conservadora de Viena, que era muito avessa a considerar a hipnose como uma ferramenta válida, torcesse o nariz.

Neste filme de John Huston, a própria fotografia em preto-e-branco ajuda a ressaltar o clima onírico, referindo a acontecimentos que muitas vezes não se tem certeza se são reais ou frutos da mente do médico ou de seus pacientes. Algumas das cenas, as que recriam sonhos relatados por pacientes, chamam atenção esteticamente, reforçando o fato de tratar-se de uma produção caprichada.

Aliás, capricho não só visual, como de conteúdo, já que o roteirista não creditado de "Freud Além da Alma" foi o filósofo francês Jean-Paul Sartre, uma das grandes mentes do século XX.

No elenco estão Montgomery Clift, Susannah York, Larry Parks e David McCallum.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Intrigas de Estado (State of Play - 2009)



Um bom thriller que tem como cenário os bastidores do jornalismo político em Washington tem como atração "extra" um olhar mais crítico sobre o mundo da comunicação dos dias de hoje e ainda consegue o feito de homenagear o melhor filme já feito sobre o mundo jornalístico, o clássico "Todos os Homens do Presidente" (76) de Alan J. Pakula.

O deputado americano Stephen Collins (Ben Affleck) é considerado uma força em ascenção em seu partido político e no momento trabalha duro em um comitê de investigação (a versão americana das nossas CPIs) de um possível grande escândalo envolvendo uma grande empresa que fornece material e estrutura para as tropas americanas nas inúmeras frentes de batalha em que o país está envolvido.

Mas, de repente, a morte de uma de suas colaboradoras, e amante, cria um escândalo pessoal ainda maior, que acaba comprometendo a investigação e pode acabar com sua carreira política.

Do outro lado, o repórter do jornal Washington Globe, Cal McCaffrey (Russell Crowe), um velho amigo e ex-assessor de Collins, também começa a investigar o caso e precisa aceitar a ajuda de uma blogueira Della (Rachel McAdams), imposição de sua editora Cameron (Helen Mirren), uma veterana da comunicação que só se interessa pela vendagem dos jornais.

E é aí que a história começa a ficar familiar trazendo todas as questões em pauta nas redações pelo mundo afora, o desespero dos editores com a queda nas vendagens, seu despreparo para lidar com as novas mídias e métodos, o poder e a velocidade dos blogs, enfim, os assuntos que andam na cabeça das pessoas que já vivem essa nova realidade na área de comunicação.

E outras que sempre fizeram parte desse mundo como o sigilo da fonte, a ética, o envolvimento pessoal de jornalistas no mundo da política, a dificuldade para lidar com a polícia, a pressão do poder econômico e a tão sonhada, mas impossível na prática, isenção jornalística.

Dirigido por Kevin MacDonald e baseado em uma minissérie homônima exibida pela BBC, "Intrigas de Estado" além da carga extra de interesse para o mundo da comunicação, tem ingredientes para divertir e interessar a quem consome notícia e até àqueles que não estão nem aí para o que acontece no mundo.

Atenção especial para a sequência final, já nos créditos, o público pode acompanhar todo o processo de fabricação do jornal, do envio da notícia na redação até a chegada do produto pronto em seus pontos de venda.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Anjos da Noite - A Rebelião (Underworld: Rise of the Lycans - 2009)



Mais um capítulo da franquia gótica que começou em 2003, mas com um detalhe bem importante para a compreensão de toda a saga: o filme mostra o início da guerra entre Lycans e Vampiros.

E para quem assistiu ao primeiro filme, algumas cenas deste terceiro episódio já são familiares, já que apareceram como flashbacks do personagem Michael Corvin (Scott Speedman).

Alguns séculos atrás, o líder dos vampiros Viktor (Bill Nighy) assiste ao nascimento de Lucian (Michael Sheen), um lobisomem que é criado como um servo do clã dos vampiros, e como todo herói romântico, é tão leal aos seus patrões, que não se importa em perseguir os de sua própria espécie para protegê-los.

Mas Lucian se apaixona por Sonja (Rhona Mitra, a filha de Viktor, e quando o romance é descoberto, acaba nas masmorras que ele mesmo encheu com lobisomens que não aceitavam ser escravizados pelos vampiros.

Viktor condena a própria filha à morte, desencadeando a ira de Lucian que decide liderar a rebelião dos lobisomens contra os vampiros.

Dirigido por Patrick Tatopoulos, o responsável pelos efeitos especiais dos dois primeiros filmes de Len Wiseman, "Anjos da Noite: A Rebelião" tem bons efeitos especiais e uma direção de arte que garante a sua inserção dentro do visual caprichado da franquia e se não traz grandes novidades, também não compromete a continuidade da saga.

Apresentando-se como boa diversão, o filme também tem seus trunfos na interpretação exagerada e canastrona de Bill Nighy, que dá ao seu Viktor um tom de vilão de quadrinhos e na caracterização que tornam o baixinho, quase careca, Michael Sheen em um musculoso herói romântico, com longas madeixas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Jack Nicholson escalado para comédia romântica


Um novo projeto, anunciado na Revista Variety, chama atenção por unir novamente uma parceria de muito sucesso: a do astro Jack Nicholson com o diretor/roteirista James L Brooks. Para quem ainda não conseguiu juntar os nomes aos filmes, "Laços de Ternura " (83) e "Melhor Impossível (97), dois dos 3 Oscars de Nicholson saíram desta colaboração.

Além de Nicholson, Paul Rudd, Reese Witherspoon e Owen Wilson também fazem parte do elenco e o roteiro, de Brooks, conta a história de um triângulo amoroso onde Paul Rudd é um executivo que disputa a atenção de Reese Witherspoon com Owen Wilson, que interpreta um jogador de baseball.

Jack Nicholson é o aristocrático pai de Paul Rudd, assumindo o papel que foi recusado por Bill Murray, o primeiro ator considerado por Brooks para o projeto.

O projeto já está em fase de pré-produção, com estreia nos cinemas prevista para dezembro de 2009.

domingo, 31 de maio de 2009

Killshot - Tiro Certo (Killshot - 2009)



Mickey Rourke retomou sua carreira de ator a todo o vapor e mesmo que seu principal instrumento de trabalho, o rosto, esteja completamente desfigurado pelas pancadas do boxe e incontáveis cirurgias plásticas, ele fez um trabalho impecável em "O Lutador" e aparece novamente muito bem como o assassino da máfia Armand Degas.

Nascido em uma comunidade indígena, o personagem é um frio matador, que no entanto carrega dentro de si a culpa por ter sido o responsável pela morte de seu irmão mais jovem durante uma de suas operações criminosas.

Extremamente perfeccionista, Degas nunca deixa pistas, embora seja procurado pelo FBI, ele intenciona voltar para a reserva indígena onde nasceu para desfrutar uma sonhada aposentadoria; mas o destino coloca Richie Nix (Joseph Gordon-Levitt) em seu caminho, um psicopata sem controle, tentando a "carreira" de ladrão de bancos; uma considerável dor de cabeça para Degas, que inesperadamente decide ajudá-lo, simplesmente porque o rapaz o lembra de seu irmão morto.

Mas as coisas dão errado e um casal recém divorciado, Carmen (Diane Lane) e Wayne Colson (Thomas Jane), que vive próximo da reserva indígena, atrapalha os planos dos dois bandidos e pode servir de testemunha chave para que o FBI finalmente possa pegar Degas.

Mesmo contra vontade, o casal é enviado para outro estado pelo serviço de proteção a testemunha, mas os dois bandidos decidem caçá-los.

Com a tensão sempre crescendo, Tiro Certo é um suspense baseado em um livro de Leonard Elmore, com boas interpretações e a direção de John Madden.
Uma curiosidade que pode até aumentar o interesse pelo filme é que em 2002 aconteceu uma primeira tentativa de adaptação, que teria Tony Scott na direção, Robert De Niro, no papel de Armand Degas e Quentin Tarantino como Richie Nix...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Território Restrito (Crossing Over - 2009)




O público americano não gosta muito de se reconhecer nas telas, especialmente quando o retrato pintado no espelho não é exatamente aquele de cidadão moderno, que vive e deixa viver, independente de raça, cor, credo e origem.

Por isso, o excelente filme do cineasta sul africano Wayne Kramer, falando de forma sincera e clara sobre os problemas dos imigrantes ilegais nos EUA conseguiu desagradar a maioria absoluta dos críticos de cinema americanos.

Mas passado o choque inicial da constatação da proposital ausência da babaquice do politicamente correto nesta obra, resta um bom filme que narra diversas histórias de pessoas que para tentar a vida na chamada "Terra da Liberdade" descobrem que o tal do "Sonho Americano" tem cara de pesadelo.

O ponto em comum, que amarra todas as histórias é Max Brogan (Harrison Ford), um agente veterano da Imigração que para surpresa de todos e o embaraço dos burocratas robôs com que trabalha, se importa com os seres humanos que "flagra" desrespeitando as leis ao tentar sobreviver nos EUA sem a documentação legal necessária.

Entre estas pessoas, a imigrante latina interpretada por Alice Braga chega a implorar para o agente, enquanto é presa, sob o riso (sim, o riso!) de seus colegas para que alguém vá ao encontro de seu filho pequeno, que poderia ficar perdido para sempre se ninguém o ajudasse.

Em outra situação, uma garota muçulmana de 15 anos é apontada por seus colegas de classe ao FBI como suspeita de terrorismo apenas por não concordarem com o teor de seu trabalho de escola. Filha de imigrantes ilegais, embora esteja no país desde os 3 anos de idade e sem sequer falar a língua do país de seus pais, ela também é candidata a deportação.

Outra imigrante ilegal, uma modelo australiana interpretada por Alice Eve, descobre a duras penas que o sistema também tem suas falhas na pele do burocrata Cole Frankel (Ray Liotta) que exige da garota favores sexuais em troca de um acerto para sua documentação.

E por aí vai, com situações terríveis e diferenças culturais expostas de forma crua, a produção espera contar com a capacidade de indignação das plateias pelo mundo afora, já que nos EUA, a exemplo do ótimo "O Visitante", o filme ganhou fama de "filme de liberais"...

Bom, se é necessário ser liberal para enxergar seres humanos como dignos de tratamento humano, existe então alguma coisa de muito errada na mentalidade média da tal da "Terra da Liberdade". Ou não?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Anjos e Demônios (Angels and Demons - 2009)



Tarefa difícil essa de adaptar best-sellers populares para as telas de cinema, especialmente quando falamos daqueles livros que parecem roteiros prontos, que o diga o diretor Ron Howard, após seu fracasso absoluto com "O Código da Vinci", uma obra que conseguiu desagradar do mais fanático pelo trabalho de Brown aos que sequer conhecem a existência do livro, fazendo um filme que ao mesmo tempo é insípido para quem leu Brown e que não consegue conquistar a empatia de quem não leu.

Mas desta vez, Howard achou que poderia melhorar e com praticamente a mesma equipe técnica, exceto pela adição do roteirista David Koepp, transplantou a trama ainda mais elaborada de "Anjos e Demônios" para as telonas.

Analisando os resultados de "Código da Vinci" como um recado claro de que o público desejava mais aventura e menos diálogo, o diretor fechou com a ação vertiginosa, dando ao filme um ritmo muito veloz, onde quase não sobra espaço para aquilo que talvez seja o maior diferencial dos livros de Dan Brown, aquela mistura interessante entre dados históricos e pura ficção que serve para aguçar a curiosidade e ajuda a fomentar a discussão que quase sempre coloca em lados opostos religião e história, filosofia e ciência, verdade e fé.

Embora tenha sido escrito antes do "Código da Vinci", na trama, a história de "Anjos e Demônios" acontece após os fatos do primeiro filme; o simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) é convocado com urgência por oficiais do Vaticano para ajudar a desvendar o sequestro de 4 cardeais, considerados os mais fortes candidatos a sucessores do Papa que acabou de morrer.

Além disso, ao chegar em Roma, descobre-se que uma porção de antimatéria, uma substância potencialmente perigosa, com capacidade para destruir todo o Vaticano, pode também estar nas mãos dos sequestradores que a roubaram diretamente do laboratório suiço onde se localiza o Grande Colisor de Hádrons.

Como os bandidos se identificam como pertencentes à sociedade secreta os Illuminatti, inimigos históricos da Igreja, Langdon é a pessoa mais apropriada para tentar salvar os cardeais.
Mas antes ele precisa conquistar a confiança do Camerlengo, interpretado por Ewan McGregor, ele é uma espécie de secretário do Papa, que se torna o responsável pela administração do Vaticano, durante o processo de escolha do novo pontífice.

Além disso, Langdon conta com a companhia da cientista Vittoria Vetra (Ayelet Zurer) na busca de pistas que os levarão, junto com a polícia, através de Roma e do Vaticano, ambas reconstituídas em um trabalho deslumbrante de direção de arte, nos estúdios de Hollywood, já que a produção não obteve autorização para filmar nas locações originais.

Mas o clima de caça ao tesouro em alta velocidade acaba tirando um pouco a graça e o que poderia ser um pouco mais aprofundado na trama, acaba passando muito rapidamente, uma pena, já que a velha questão religião x ciência necessita mais do que nunca de uma discussão, especialmente uma que impeça para sempre que os religiosos tenham novamente em mãos o poder de impedir o progresso da humanidade.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Tinha que ser você" (Last Chance Harvey-2009)



Existem filmes que são bons pela histórias que contam, outros valem exclusivamente pelo visual, ou por mostrarem situações que refletem o lado humano de personagens que poderiam até estar do lado de cá das telas.
"Tinha que ser você" (Last Chance Harvey-2009) tem um pouco de tudo isso e mais, a química fantástica entre dois atores veteranos, consagrados e geniais.

Harvey Shine (Dustin Hoffman) é um músico frustrado, compõe jingles para sobreviver, mas sonhava mesmo ser um pianista de jazz e está vivendo um momento um tanto delicado em sua profissão, recebe um ultimatum de seu patrão, exatamente no momento em que está a caminho de Londres, onde acontece o casamento de sua filha Susan (Liane Balaban).

Divorciado há muito tempo, ele chega em Londres para encontrar um cenário muito diferente do sonhado para esse momento, sente-se isolado e desprezado pela própria filha que lhe comunica sua opção pelo padrasto Brian (James Brolin), para levá-la até ao altar.

Arrasado, Harvey prefere voltar para casa logo após a cerimônia, mas perde o voo e lá mesmo é comunicado que não tem mais emprego. Afogando as mágoas no bar do aeroporto, Harvey conhece Kate (Emma Thompson), uma solteirona de 40 e tantos anos, que trabalha no Serviço Nacional de Estatísticas e que por coincidência já o havia tentado entrevistar assim que saiu do avião.

Kate também tem seus problemas, sua mãe, recém recuperada de um câncer, liga para ela no celular a cada cinco minutos, o que atrapalha qualquer forma de relacionamento que ela possa vir a ter.

Por falar em celulares, eles aparecem aqui como um detalhe importante da narrativa, servindo para reafirmar o isolamento tanto de Harvey como de Kate, que sempre precisam largar tudo que estão fazendo para atender as tais chamadas pra lá de inconvenientes.

Mas como já disse, o ponto alto de "A Um Passo do Amor" é a integração entre os atores e Emma Thompsom e Dustin Hoffman dão uma aula de interpretação e timming de comédia. Embora as personagens tenham sua dose de dramáticos e existam alguns momentos mais lacrimosos, a interação entre os dois atores faz toda a graça do filme.

A neurótica mãe de Kate também, a ótima atriz britânica Eileen Atkins, é responsável por muitas risadas.

Com roteiro e direção do diretor britânico Joel Hopkins, "Tinha que ser você" é diversão de alto nível para quem é amante do gênero comédia romântica, mas chega a ficar constrangido com a infantilidade das que o cinema tem produzido ultimamente e também para quem aprecia encontrar no cinema personagens e situações humanamente belas. Ah! E o visual de Londres também não é nada mal....

"Tinha que ser você" está com estreia nos cinemas brasileiros prometida para o dia 19/06.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Campanha pela renovação total do Congresso


Depois de ver deputados que "se lixam" para a opinião pública, que dirigem alcoolizados, que constroem castelos, que pagam os empregados de casa e fazem outras tantas coisas que nada acrescentam ao país usando o nosso dinheiro, resolvi aderir à "Campanha Pela Renovação Total do Congresso".

Sim! Os brasileiros cansaram! Votamos errado a vida inteira, mas agora
aprendemos a lição e nunca mais daremos nosso voto para qualquer político que já tenha sido eleito anteriormente.

Esta é a primeira providência a ser tomada em um país que precisa de providências reais, continuamos pagando impostos de primeiro mundo e só recebemos em troca serviços que não seriam aceitos nem no tal do terceiro mundo.

Somos os piores em saúde, educação, previdência, transporte, moradia, segurança e em todas as áreas que dependem direta ou indiretamente do trabalho dos senhores deputados e senadores.

Eles, por sua vez, acham que estão ali apenas para "aproveitar" as vantagens de ter em mãos as chaves dos cofres públicos.

Pois é, o dinheiro que eles gastam é nosso... já passou da hora dele retornar para nossas mãos na forma de benefícios para uma população que no momento se encontra abandonada à própria sorte.

Vamos mostrar para eles que somos nós que "nos lixamos" para o futuro deles... Porque eleitos, eles não serão nunca mais!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Richard Jenkins e Julia Roberts no elenco de "Comer, Rezar, Amar"


A indicação ao Oscar de melhor ator de Richard Jenkins, por seu trabalho surpreendente em "O Visitante" já está rendendo bons frutos.

Ele já está escalado para uma grande produção, onde dividirá a tela com ninguém menos do que Julia Roberts.

Trata-se da adptação para o cinema do best-seller de Elizabeth Gilbert "Comer, Rezar, Amar", que a Columbia Pictures começa a filmar ainda em julho deste ano com locações previstas em Nova York, Roma, Índia e Bali.

O roteiro conta a história de uma mulher casada e aparentemente feliz que apesar de tudo que repentinamente decide mudar de vida e após o divórcio, parte para uma viagem de auto-descoberta ao redor do mundo.

O diretor será Ryan Murphy e o filme chega aos cinemas em 2011.

sábado, 11 de abril de 2009

Sem Vestígios (Untraceable - 2008)



Com a internet ocupando um espaço cada vez maior na vida das pessoas neste final de década, é natural que o cinema a escolha como cenário para uma trama de um de seus gêneros mais populares, o suspense.

"Sem Vestígios" mostra o trabalho de uma agente especial do FBI, Jennifer Marsh (Diane Lane) especializada em cyber crimes, que se depara com uma denúncia sobre um site chamado "Kill With Me" (Mate Comigo) em que um gatinho é torturado até a morte na frente de câmeras.

Ela tenta tratar o assunto com seriedade, mas a dificuldade de encontrar o culpado, bem protegido por inúmeros truques e também a pouca importância que seus chefes dão ao crime inicialmente, a deixam sem armas para tentar resolver o caso.

Mas o psicopata não pára por aí, e logo, um ser humano é deixado para morrer na frente das câmeras e uma providência se torna necessária...

Discutindo com uma visão extremamente crítica os usos atuais da rede para propagação de conteúdo sensacionalista e violento, o filme além de ser um ótimo suspense, não tem soluções fáceis, joga para o público o início de uma discussão bem interessante.

Afinal, que tipo de conteúdo é mais consumido na rede? E na mídia tradicional? Vejo muita gente reclamando da programação da TV, especialmente dos tais "reality shows", que ao mesmo tempo em que são execrados, por sua absoluta inutilidade, continuam com uma enorme audiência.

Enfim, será que as emissoras e a própria internet não estão nos "servindo" quase exclusivamente com lixo porque têm certeza que este lixo será consumido ávidamente por gente que simplesmente tem preguiça de mudar o canal, ou procurar por coisas melhores e mais aproveitáveis?

Dririgido por Gregory Hoblit, um veterano no gênero, "Sem Vestígios" é ótima diversão, mas não só isso.

sábado, 4 de abril de 2009

Remake de A Hora do Pesadelo nos planos da New Line


De acordo com a Revista Variety, a New Line será responsável pelo remake de mais um grande sucesso dos anos 80. "A Hora do Pesadelo"(84), o primeiro da franquia, ganha nova versão estrelada por Jackie Earle Haley.

A decisão de trazer o bom e velho Freddy Krueger de volta deve-se principalmente ao sucesso de outro remake, "Sexta-feira 13" já faturou mais de 88 milhões de dólares pelas bilheterias pelo mundo afora.

Além disso, em seus nove filmes, a franquia de "A Hora do Pesadelo" foi a segunda mais lucrativa da produtora, só perdendo para "O Senhor dos Anéis". O diretor do novo "A Hora do Pesadelo" será Samuel Bayer. O filme deve entrar em cartaz em 2010.

Na foto você confere a versão clássica do personagem eternizado por Robert Englund e seu novo intérprete. Será que vai dar certo? Tenho minhas dúvidas...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Novo drama de tribunal para Matthew McConaughey




Segundo a revista Empire, Matthew McConaughey deixa um pouco de lado o papel de "bonitão da vez" para encarar novamente um bom drama de tribunal, a exemplo do ótimo "Tempo de Matar(96)".

O ator será Mickey Haller, em "The Lincoln Lawyer" um advogado que está no fundo do poço, perdeu seu escritório e atende seus cliente, motoristas bêbados e pequenos ladrões e vigaristas, em um carro.

Até que um playboy milionário de Beverly Hills resolve contratá-lo quando é preso por atacar uma mulher e Haller aceita o caso, imaginando uma vitória certa, mas as coisas começam a ficar estranhas quando um de seus amigos aparece assassinado.

O projeto já está em andamento e no momento, a produção está em busca de um diretor; no entanto ainda não há uma data para início das filmagens.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mais personagens reais nas telas


A realidade política tem despertado a atenção dos produtores de Hollywood e depois de W. e Frost/Nixon, vem aí um novo filme da HBO mostrando personagens reais, deste mundo turbulento.

Intitulado "The Special Relationship", o filme contará com Dennis Quaid, no papel de Bill Clinton e Julianne Moore como Hillary.

Mas quem acha que o filme será apenas sobre a vida pessoal do casal que chegou a enfrentar turbulências mil enquanto ocupava a Casa Branca está bem enganado: o relacionamento do título do filme é o de Clinton com o Primeiro Ministro Britânico Tony Blair, papel que estará mais uma vez nas mãos de Michael Sheen.

Para quem não se lembra, Michael já foi Blair em dois filmes: The Deal (2003), uma produção para TV, e A Rainha (2006); ambos dirigidos por Stephen Frears. A senhora Blair será novamente Helen McCrory, de "A Rainha".

O roteiro é do ótimo dramaturgo Peter Morgan (Frost/Nixon), que também está sendo considerado para a direção.