As tramas da Guerra Fria que moviam o clássico gênero filme de espionagem mudaram consideravelmente nesse nosso mundo globalizado e se transferiram em parte para o ambiente corporativo e os grandes conflitos que elas retratavam passaram a existir apenas no âmbito da competição pelo sucesso comercial.
Claire (Julia Roberts) trabalha para a CIA e Ray (Clive Owen) para o MI6, sua versão britânica, os dois se conhecem em uma missão, se aproximam, mas no mundo da espionagem, não dá para confiar em ninguém e Claire consegue levar um dos arquivos secretos de Ray, que fica em maus lençóis após isso.
Cinco anos depois, os dois abandonaram as agências oficiais e caíram no mundo corporativo, Ray cuida da segurança anti-espionagem da empresa Equikrsom, um trabalho que se mostrará um pouco complicado, já que os competidores diretos desta empresa, a Burkett & Randle contrataram Claire como consultora.
O interessante de Duplicidade é que nunca se tem certeza se os dois estão juntos ou não nas tramas que aparentemente combinam; as viradas na trama, os flashbacks e outros detalhes tornam o filme um pouco complicado à primeira vista.
Como os personagens centrais, também os espectadores podem sentir-se perdidos, mas no "conjunto da obra", o fino humor, as surpresas e especialmente a presença dos atores Tom Wilkinson e Paul Giamatti, nos papéis de presidentes das empresas rivais, fazem de Duplicidade uma boa diversão.
Mais um ponto para a carreira de seu diretor/roteirista Tony Gilroy, responsável pelos também excelentes Conduta de Risco (2007) (diretor/roteirista) e Intrigas de Estado (2009) (roteirista).
0 comentários:
Postar um comentário
Críticas e comentários são sempre bem vindos.