E chega aos cinemas o filme mais aguardado do ano, a primeira parte do último livro da Saga Harry Potter, desembarca nas salas de cinema grandiloquente, sombrio e carregado de expectativas.
Quem leu os livros sabe que a série de filmes nunca foi exatamente fiel, deixando para trás personagens, tramas; tudo devida ou indevidamente simplificado para atender aos padrões da indústria cinematográfica e acumulando uma série de detalhes que acabavam sendo retomados no livro final, o que complicava sua adaptação.
Com a promessa de uma maior fidelidade ao livro final feita tanto pelo diretor David Yates, como pelo roteirista Steve Kloves e sem muito espaço para as explicações devidas a quem apenas assistiu os filmes, a sensação deste penúltimo capítulo em filme é a de que estamos diante de uma obra para "iniciados".
O ritmo é veloz, o tom é sombrio; mas agora existe espaço para acompanharmos os momentos de profunda solidão de Harry (Daniel Radcliffe), que não está mais aprendendo a lidar com seu destino, mas enfrentando-o bravamente com a ajuda dos amigos de sempre Ron (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), que não apenas cresceram na trama, mas como atores em frente das câmeras, apresentando neste sétimo filme a sua melhor performance.
Com o extra visual de paisagens quase sempre inóspitas e pouco convidativas, mas belas em sua tradução para a tela grande, o filme foi inicialmente pensado para ter uma versão 3D, mas a desistência da ideia provou-se mais do que correta, já que tecnicamente esta adaptação acabaria por comprometer uma fotografia que se apresenta impecável dentro dos altos padrões de Yates e do estreiante na série, Eduardo Serra.
Também merece destaque a direção de arte que cria uma versão bruxa belíssima da máquina de propaganda Nazista, no Ministério da Magia.
O trio central se apresenta como adolescente em alguns momentos e jovens adultos no próximo, lutando por sua sobrevivência e para localizar e destruir cada uma das Horcruxes, objetos mágicos que guardam porções da alma de Voldemort, a missão deixada para eles pelo Professor Albus Dumbledore (Michael Gambon), enquanto se distanciam mais e mais de suas famílias, da escola e de tudo o que até então era importante em suas vidas.
Enquanto isso, Lord Voldemort (Ralph Fiennes) e seus fiéis seguidores estão colocando o "show na estrada" por assim dizer; matando, torturando e finalmente tomando o poder dentro do Ministério da Magia, o mal agora parece concentrado em uma busca de algo que nem Harry compreende bem o que é, mesmo quando presencia cenas desta busca em suas já habituais visões.
Cheia de emoções, como o livro em que se baseia, esta é até agora a melhor adaptação da obra de JK Rowling, até certamente a estreia da Segunda Parte, que promete ser o ponto cinematográfico mais alto da série.
domingo, 28 de novembro de 2010
O melhor até agora - Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte 1
Postado por Drika Maraviglia às 13:15
Marcadores: cinema, Harry Potter e as Reliquias da Morte, review, trailer
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário
Críticas e comentários são sempre bem vindos.