Richard Jenkins é uma daquelas caras conhecidas de Hollywood, que aparece sempre aqui e ali, mas sempre em papéis secundários: o chefe, o pai, o avô; um bom ator, mas que até agora não tinha conseguido um grande personagem para ficar na memória por muito tempo.
Este "O Visitante" é a exceção que justifica a regra; desta vez ele enche a tela retratando Walter Vale, um professor universitário viúvo, sem nada de especial, atravessa seus dias preso a uma rotina que mais parece uma morte ainda em vida. Uma atuação tão surpreendente, que valeu sua primeira indicação ao Oscar.
Mas um convite para apresentar um trabalho conjunto sobre Globalização em um Congresso na New York University aparece de repente e muda tudo; embora o professor more dentro do campus da faculdade em que leciona, em Connecticut, ele tem um apartamento em Manhattan, onde ao chegar, descobre estar ocupado por um casal de imigrantes que foram vítimas de um golpista.
A situação de Tarek (Haaz Sleiman), um músico sírio e de sua namorada senegalesa Zainab (Danai Gurira) provoca a compaixão de Walter, que os convida para permanecer no apartamento, enquanto procuram por outras acomodações.
E é no convívio com estes dois imigrantes ilegais que Walter começa a perceber que ainda está vivo, redescobre seu amor pela música e começa a sentir-se mais pleno; mas Tarek acaba sendo preso pelo serviço de imigração e o professor passa a ajudá-lo.
É quando entra em cena a mãe de Tarek, Mouna Khalil (Hiam Abbass), também uma imigrante ilegal, descobre Walter tentando evitar a deportação de seu filho.
Dirigido por Tom McCarthy, "O Visitante" é um daqueles pequenos filmes que mostrando um drama humano e particular consegue abrir a discussão e inicia um questionamento saudável sobre a forma desumana com que se encara o problema da imigração nos países ricos.
olá!!
ResponderExcluirEsse filme é realmente muito bom!!
E,alias,alguem sabe o nome do artista do cd q o Tarek dá pro Walter??