quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O cotidiano da criação artística é o tema de Renoir (2012)

 

A arte do genial pintor impressionista Pierre Auguste Renoir (Michel Bouquet) é bastante conhecida e agora, o diretor francês Gilles Bourdos quer nos apresentar seu cotidiano.
Em Renoir (2012) somos convidados a acompanhar o artista, já sentindo o peso de seus 74 anos, em 1915, agora lutando contra os limites de seu corpo para continuar pintando.

Tudo muda na idílica propriedade do pintor, na Riviera Francesa, quando Andrée (Christa Theret), uma jovem linda e moderna, pede para trabalhar como modelo para o velho mestre, renovando sua inspiração e dando a ele novas razões para enfrentar as dores causadas pela artrite, para continuar pintando.

Rebelde por natureza, a jovem desafia todos na casa e se torna objeto de disputa entre pai e filho, quando um dos filhos do mestre, Jean Renoir (Vincent Rottiers), volta da guerra para recuperar-se de seus ferimentos.

O filme é um espetáculo lento, contemplativo, quase um passeio pelos cenários que o pintor imortalizaria em suas telas e, também mostra o "encaminhamento" de outro gênio da família Renoir para sua futura arte. O jovem Jean Renoir aparece dando os primeiros passos, como alguém que começa a interessar-se pelo Cinema, uma arte que desenvolverá mais tarde em sua vida.

O trabalho dos atores é excepcional, aumentando o interesse em uma obra que é bem mais do que a cinebiografia de um dos grandes mestres da pintura do século passado, é também um estudo sobre a arte e sua criação. E assim sendo, como a obra do mestre, uma encantadora festa para os sentidos.

Texto publicado originalmente na Revista Eletricidade

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