sábado, 17 de janeiro de 2015

O Hobbit 3 - A hora da despedida

E finalmente aquele momento que todos os admiradores da obra de JRR Tolkien tanto esperavam chegou. É um momento de despedida para um público que aprendeu a amar a Terra Média e seus habitantes, mas ao mesmo tempo, é o capítulo final de uma longa saga cinematográfica, que chegou muito perto da perfeição que os ávidos leitores dos livros esperavam.

Digo chegou muito perto porque, no momento do anúncio da decisão de dividir "O Hobbit", um pequeno livro de apenas 300 páginas em três longos filme com mais de duas horas cada um, não foram poucas as vozes que se levantaram contra, afinal, ninguém queria ver filmes esticados, em que nada, ou quase nada acontece, apenas para que o formato trilogia fosse mantido.

E se os dois primeiros hobbits não explicitaram muito essa dificuldade de encaixar em mais de 6 horas um material que caberia muito bem em menos de 3 horas de filme, coube ao último capítulo essa função nada honrosa.

É claro que aqui não estou criticando uma das características mais interessantes de todos os seis filmes de Peter Jackson, nunca tive nada contra as longas tomadas mostrando a beleza natural dos cenários neozelandeses, filmadas de longe, enquanto nossos queridos personagens da Terra Média se movimentam de um lugar para outro, além de um respiro, no meio de tantas cenas de guerra e destruição, as tais cenas tornaram-se uma assinatura da série, junto com a música arrepiante de Howard Shore que toma os alto-falantes, emocionando os fãs.

Mas falo sobre a inclusão de personagens extras, como a elfa Tauriel (Evangeline Lilly) e alguns outros recursos para "encher espaço"  na tela, coisas que parecem ter sido atribuídas a participação de Guillermo del Toro, como  co-autor da roteiro adaptado e que não foram lá muito bem aceitos pelo público fiel da saga.

Se no eletrizante final de "O Hobbit 2: A Desolação de Smaug" (2013), vemos o grupo de anões liderado por Thorin (Richard Armitage), na perspectiva de que o terrível dragão Smaug ataque a cidade do Lago e sua população, que os ajudou e abrigou, este terceiro capítulo começa com impressionantes cenas de destruição.

Mas todos sabemos que depois de muita luta, o dragão é derrotado e, assim, Thorin recupera Erebor e suas câmaras cheias de ouro, um tesouro que o enlouquece e desperta a cobiça de todos os que ficam sabendo sobre a morte do monstro.

E enquanto exércitos de homens, elfos e anões se aproximam, forças bem mais sinistras preparam-se para atacar. Embora uma boa parte do filme seja uma longa guerra de diferentes criaturas por um imenso tesouro, existem cenas em que ainda nos pegamos torcendo por personagens como Galadriel (Cate Blanchet), que em seus poucos minutos de tela enfrenta os terríveis "Espectros do Anel" e por Legolas (Orlando Bloom), que mais uma vez reaparece com sua agilidade de personagem de videogame, em cenas de tirar o fôlego.

E em um filme com longas e intrincadas cenas de batalha, não há muito que o personagem mais importante da trilogia possa fazer e Bilbo Bagins (Martin Freeman), tem pouco tempo na tela, embora sua participação na trama continue crucial.

O final enche os olhos de lágrimas e deixa os fãs da série ressentidos com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywod que esnobou"The Last Goodbye", interpretada por Billy Boyd (Peregrin Took), nas indicações ao Oscar 2015 de melhor canção. 

Uma apresentação ao vivo, na grande noite de gala do Cinema, seria uma chance de despedir-se ainda mais adequadamente de uma saga que sempre fará parte de nossas vidas. É uma pena, mas o filme conseguiu apenas 1 indicação ao Oscar de Melhor Edição de Som.

Confiram o clipe oficial da música "The Last Goodbye"



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