Entre os personagens que fazem parte da história da Inglaterra, poucos produzem tanta curiosidade quanto Henrique VIII, um homem que liderou o país de 1491 a 1547 e teve sua imagem fixada dentro do imaginário popular pelo fato de ter se casado seis vezes.
Em uma época em que o rei decidia os destinos de todos e começava a ser gerado o embrião do Império que só viria bem mais tarde, Henrique VIII (Eric Bana), o segundo monarca da Dinastia Tudor e um déspota com nenhuma tolerância com seus desafetos está em um momento delicado de seu reinado.
Casado com Catarina de Aragão (Ana Torrent) ele precisa desesperadamente de um herdeiro do sexo masculino. Pouco afeito a sutilezas e utilizando todas as vantagens de sua posição, o rei mantinha então diversas amantes ao alcance de suas mãos.
É na tentativa de aproveitar esta característica particular de Henrique que o Duque de Norfolk (David Morrissey) convida o rei e sua comitiva para a casa de seu irmão Sir Thomas Boleyn (Mark Rylance), contando que este se interesse em oferecer o "cargo" de amante do rei para sua sobrinha Anne Boleyn (Natalie Portman).
Mas as coisas não acontecem de acordo com o esperado e a posição é oferecida à Mary Boleyn (Scarlett Johansson), irmã de Anne, casada, mas que acaba se apaixonando pelo rei.
O destino de todos estes personagens, especialmente de Anne e sua coragem de enfrentar a tirania de Henry e todos os detalhes que a história já havia varrido para debaixo do tapete, foram trazidos para a luz pelo livro de Philippa Gregory, de onde foi adaptado o roteiro de Peter Morgan.
Dirigido por Justin Chadwick com uma bonita reconstituição de época, o filme tem como seu maior trunfo a descrição destas tragédias particulares do ambiente que envolve aqueles que governaram os destinos das nações, facilmente lembramos dos privilégios do poder, do luxo e das riquezas, mas poucos sequer cogitam os sacrifícios.
Gostei bastante desse filme. As atuações estão sensacionais. Recomendo.
ResponderExcluirBeijo